quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Brasileiro Descobre Estrelas Super-Maciças!!!

Um astrônomo brasileiro radicado no Chile e sua equipe da Universidade de La Serena descobriram duas estrelas novas, muito maciças, brilhantes e aparentemente isoladas na Via Láctea.
Essas características fazem desses objetos (batizados de WR20aa e WR20c) astros extremamente raros na galáxia.
Os astrônomos estimam que as estrelas tenham até 2 milhões de anos (jovens, em termos astronômicos).
Além disso, as estrelas podem ter, cada uma, pelo menos 80 vezes a massa do nosso Sol --o que também não é muito comum encontrar.
"A galáxia pode conter vários bilhões de estrelas, mas a maioria tem massa pequena", diz o físico e astrônomo Alexandre Roman Lopes, coordenador do trabalho.
O que os cientistas não esperavam era encontrar essa dupla de estrelas isolada na galáxia. Como esse tipo de estrela vive pouco (alguns milhões de anos), em geral elas não têm tempo de se distanciar de onde se formaram.
Isso resulta em aglomerados de estrelas na galáxia, próximos à sua "fábrica".
Essas "fábricas" funcionam no interior de enormes aglomerados de gás e poeira onde, sob efeito da força gravitacional, acontece a concepção estelar.
Por estarem muito longe do local de origem, a dupla é candidata a "runaway", ou seja, objetos estelares que viajam a uma grande velocidade e se distanciam cada vez mais de onde nasceram.
Os pesquisadores acreditam que a dupla tenha sido ejetada de um superaglomerado de estrelas de altíssima massa chamado Westerlund 2, que fica na direção da constelação de Carina, a cerca de 26 mil anos-luz do Sol.
No centro desse aglomerado, existe um grupo compacto de estrelas muito brilhantes onde são observadas nuvens de gás remanescente do seu processo de formação.
Eles descobriram que uma linha imaginária conectando as duas estrelas "cruza" o aglomerado exatamente na sua parte central. Isso significa que elas devem ter saído de onde está o "berçário" dos objetos de grande massa.
"Estudos de dinâmica estelar preveem que estrelas de massa muito grande não convivem bem entre si. Algumas sempre acabam expulsas pelas companheiras", explica.
O trabalho, que tem apoio do Observatório Las Campanas e do ESO (Observatório Europeu do Sul, na sigla em inglês), estará na "MNRAS" ("Monthly Notices of the Royal Astronomical Society") do mês de setembro.
O estudo das estrelas supermaciças, além de contribuir para a compreensão da formação estelar, pode ajudar a explicar a origem da vida. Essas estrelas produzem, no seu interior, oxigênio, carbono e nitrogênio, e no fim da sua evolução, até ferro.
"Os elementos mais complexos necessários à vida são produzidos por estrelas maciças. De certo modo, somos filhos desse tipo de estrela", diz Lopes.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SETI está de volta!

O instituto SETI (Search for Extra-Terrestrial Inteligence) (Busca por Inteligência Extra-Terrestre), volta a operar!
A principal arma de pesquisa do Seti é um conjunto de 42 antenas instaladas num observatório do extremo norte do Estado, chamadas de Conjunto de Telescópios Allen, em homenagem a Paul Allen, cofundador da Microsoft e doador de US$ 25 milhões para o projeto de US$ 50 milhões.

O complexo começou a funcionar em 2007 em parceria com a Universidade da Califórnia em Berkeley, que conduzia experimentos científicos paralelos aos de busca de sinais extraterrenos. Porém, com o corte no orçamento, a UC foi obrigada a se retirar, e as antenas foram desligadas em abril.
Neste mês, doadores particulares deram ao Seti cerca de US$ 200 mil para colocar as antenas de volta em ação, ainda que apenas só até o final do ano. Entre os doadores estava a atriz Jodie Foster, que no filme "Contato" (1997) faz o papel de uma cientista inspirada em Jill Tarter, uma das fundadoras do Seti e pioneira da astrobiologia, um ramo científico de estudo da vida no universo.
 As antenas vão ajudar o governo a coletar dados sobre satélites e detritos orbitais para evitar colisões no espaço. Por serem radiotelescópios, os instrumentos do Seti funcionam 24h e mesmo com chuva, ao contrário dos tradicionais ópticos, mais sensíveis porém "cegos" durante o dia e chuvas.
Além de Paul Allen, outras empresas de prestígio, como Google, Dell, Intel e Hewlett Packard, também já colaboraram com o centro que, em quase três décadas, já recebeu mais de US$ 250 milhões em subsídios de pesquisa vindos de instituições como a Nasa e a Fundação Nacional de Ciência dos EUA.
Na sede do instituto, trabalham cerca de 140 funcionários, boa parte cientistas dedicados a astrobiologia e apenas meia dúzia focada nos telescópios, já que o grosso do trabalho é feito por computadores.
A conexão do instituto com parceiros ilustres do vale do Silício, a seriedade das pesquisas e o fluxo de dinheiro fazem com que o Seti se diferencie dos tradicionais caçadores de alienígenas.

Usinas Nucleares na Lua e em Marte!

No último domingo (28), durante o encontro anual da Sociedade Americana de Química, em Denver (EUA). Foram anunciadas as primeiras usinas de energia nuclear para os futuros assentamentos na Lua e em Marte.
Trata-se de um projeto conjunto entre o DOE e a Nasa (agência espacial americana), que estabeleceu como metas chegar a um asteroide em 2025 e a Marte em 2030.
Segundo explicou Werner, as novas tecnologias de fissão para a aplicação de energia a esse tipo de superfícies são muito diferentes das estações de energia nuclear na Terra, que necessitam de espaços amplos por suas dimensões e suas grandes estruturas, como as torres de refrigeração.
O cientista explicou que o sistema, que não necessitaria de torres de refrigeração, poderia ter aproximadamente 30,5 centímetros de largura por 61 de altura. "Aproximadamente o tamanho de uma mala de mão", comentou.
"Um sistema de energia de fissão é uma unidade compacta, confiável e segura, que pode ser fundamental para a criação de bases em outros planetas", disse Werner.
Até agora, as missões espaciais tiveram as células fotovoltaicas e o combustível como pilares para a geração de eletricidade. Apesar da energia solar funcionar bem em órbitas terrestres, os especialistas garantem que a energia nuclear oferece algumas características únicas.
Uma das maiores diferenças entre os dois tipos de reatores solar e nuclear é que o segundo pode gerar energia em qualquer ambiente, salientou Werner. Além disso, é capaz de produzir quantidades constantes de energia durante a noite.
Como exemplo, o cientista citou que um sistema de energia de fissão na Lua poderia gerar 40 quilowatts ou mais de energia elétrica --aproximadamente a mesma quantidade necessária para alimentar oito casas na Terra.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um planeta de Diamante?!

Astrônomos localizaram um exótico planeta que parece ser quase todo feito de diamante, girando em torno de uma pequena estrela nos confins da galáxia.

O novo planeta é bem mais denso do que qualquer outro já visto, e consiste praticamente só de carbono. Por ser tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, ou seja, uma grande parte dele é mesmo de diamante.
"A história evolutiva e a incrível densidade desse planeta sugerem que ele é composto de carbono, ou seja, um enorme diamante orbitando uma estrela de nêutrons a cada duas horas, numa órbita tão compacta que caberia dentro do nosso Sol", disse Matthew Bailes, da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.
A 4.000 anos-luz da Terra, ou cerca de um oitavo da distância entre o nosso planeta e o centro da Via Láctea, o planeta é provavelmente remanescente de uma estrela que já foi gigantesca, mas que perdeu suas camadas externas para a estrela que orbita.
Os pulsares são estrelas de nêutrons, pequenas e mortas, com apenas cerca de 20 quilômetros de diâmetro, girando centenas de vezes por segundo e emitindo feixes de radiação.
No caso do pulsar J1719-1438, seus feixes varrem a Terra regularmente e já foram monitorados por telescópios da Austrália, Grã-Bretanha e Havaí, o que permite aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional do seu companheiro planetário, que não é visto diretamente.
As medições sugerem que o planeta, com um "ano" de 130 minutos, tem uma massa ligeiramente superior à de Júpiter, mas é 20 vezes mais denso, segundo relato de Bailes e seus colegas na edição de quinta-feira da revista Science.
Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio, que pode ser mais abundante na superfície, tornando-se mais raro na direção do centro, onde há mais carbono.
Sua grande densidade sugere que os elementos mais leves -- hidrogênio e hélio -- que compõem a maior parte de gigantes gasosos, como Júpiter, não estão presentes.
O aspecto desse bizarro mundo de diamante, no entanto, é um mistério.
"Em termos do seu aspecto, não sei nem se eu posso especular", disse Ben Stappers, da Universidade de Manchester. "Não imagino que uma imagem de um objeto muito brilhante seja o que estejamos vendo aqui."

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Caviar No Espaço!

A Rússia anunciou que incluirá o caviar negro e as conservas de peixe esturjão no menu dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS), refeições até então proibidas na plataforma orbital.
"Preparamos para os astronautas uma carga de conservas de caviar negro e conservas de esturjão", informou Victor Dobrovolsky, diretor do Instituto de Pesquisa de Tecnologia Especial Alimentar, citado pelas agências de notícias russas.
Dobrovolsky afirmou que essas conservas "já foram submetidas a testes nas condições de ausência de gravidade que existem na ISS".
Esses produtos foram elaborados no centro de produção pesqueira da cidade russa de Astrakan, situada cerca da desembocadura do rio Volga no mar Cáspio, de onde procedem 90% do caviar negro do mundo.
Os especialistas em alimentação espacial esperam que uma nave Progress transporte a carga de caviar e esturjão aos seis astronautas da plataforma orbital nos próximos meses.
Chique, heim?

NASA Inicia Testes com "Astronauta-Robô"!

Controladores da Nasa (agência espacial americana) ligaram, a distância, os circuitos do primeiro humanoide enviado ao espaço --o Robonauta 2 ou R2--, que se encontra atualmente na ISS (sigla em inglês de Estação Espacial Internacional).
No primeiro teste, na segunda-feira (22), foram acionadas as quatro câmaras que servem de "olhos" e mais uma suplementar, localizada na boca do robô.
Enviado no final de 2010 com a tripulação do Discovery, na última missão do ônibus espacial, o R2 será colocado à prova como possível "ajudante de astronauta".
O experimento vai demandar um bocado de tempo. Agora que está ligado, o próximo teste do humanoide, em 1º de setembro, será de movimentos mecânicos dos braços, mãos e dedos.
Se tudo continuar como o esperado, o Robonauta poderá realizar tarefas simples como medir a velocidade do ar no interior da ISS no ano que vem.
A longo prazo, a Nasa quer que o robô seja capaz de sair da plataforma para socorrer astronautas em perigo, trazendo-os de volta com segurança à ISS.
Uma versão do humanoide com um par de pernas --o atual vai até a cintura-- deve ser lançada em 2013.

Estrelas Com Temperatura De Um Corpo Humano?

A sonda espacial Wise descobriu as estrelas mais frias já encontradas no universo, com uma temperatura similar a do corpo humano, informou nesta terça-feira a Nasa (agência espacial americana) em comunicado.
A Wise pode detectar, graças a seu visor infravermelho, débeis brilhos como os destes astros escuros, denominados estrelas anãs.
Após uma década de tentativas por parte da agência espacial para achar estes corpos estelares, a sonda conseguiu detectar seis delas, que se encontram a uma distância relativamente próxima ao nosso sol, cerca de 40 anos-luz.

"A Wise supervisiona todo o céu na busca destes e outros objetos, e foi capaz de ver sua luz débil com seu visor infravermelho de alta sensibilidade", disse Jon Morse, diretor da Divisão de Astrofísica da Nasa em Washington.

"Estas estrelas são cinco mil vezes mais brilhantes nas longitudes de onda infravermelha da Wise, observadas do espaço, do que se fossem observadas da terra", acrescentou.
Os membros mais frios desta família de estrelas são as anãs marrons (de diferentes tipos: L, T ou Y), que não possuem massa suficiente para fundir átomos em seus núcleos e, portanto, não queimam com o fogo que mantêm estrelas como nosso sol, que brilha de maneira constante durante bilhões de anos.

Os astrônomos estudam as anãs marrons para compreender melhor como se formam os astros e compreender as atmosferas de planetas fora de nosso sistema solar.
As atmosferas das anãs marrons são similares às dos planetas gigantes gasosos como Júpiter, mas são mais fáceis de observar, uma vez que estão sozinhas no espaço, longe da forte luz de uma estrela mãe.
Até agora, os dados revelados pela Wise descobriram mais de uma centena de anãs marrons. A sonda realizou o estudo mais avançado do céu em longitudes de onda infravermelha até o momento.

Buraco Negro Flagrado Destruindo Uma Estrela!

Um buraco negro, descrito como um "monstro cósmico" à espreita no centro de uma galáxia, foi flagrado no momento em que dilacerava uma estrela, anunciaram astrônomos em um artigo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature.


Em 25 de março, o telescópio orbital Swift, da Nasa, captou uma emissão de raios-X do espaço sideral, expelido claramente por uma fonte imensamente poderosa.
Uma observação mais próxima revelou um buraco negro supermaciço com massa um milhão de vezes superior àquela do sol.
O lampejo de raios-X foi um "jato relativístico" ou um jato de matéria de alta energia que jorrou da estrela à medida em que era atraída pelo empuxo gravitacional do buraco negro e foi arrastada na direção de suas entranhas.
O jato, chamado Swift J164449.3+573451, moveu-se a 99,5% da velocidade da luz.
Os buracos negros supermaciços são comumente encontrados no centro de galáxias. O buraco negro recém-descoberto tem cerca de metade do tamanho de seus similares em nossa galáxia, a Via Láctea.
Mesmo assim, são relativamente jovens perante alguns espécimes supermaciços, cuja massa foi medida em mais de um bilhão de sóis.