quinta-feira, 31 de março de 2011

A Terra é Torta!!

Yahoo! Notícias – qui, 31 de mar de 2011
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou, nesta quinta-feira (31), o mapa mais preciso já feito até hoje da gravidade da Terra. As informações foram coletadas durante dois anos pelo satélite Goce. O modelo, chamado de geoide, mostra minunciosamente que a Terra não é completamente redonda.

Veja como é a superfície da Terra considerando a gravidade sem a ação de marés e de correntes oceânicas:



O satélite Goce foi lançado em março de 2009 e já recolheu mais de 12 meses de dados sobre a gravidade. De acordo com a Esa, essas informações são essenciais para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo – e para entender como são afetados pelas mudanças climáticas.

A Esa também explica que os dados podem ajudar a entender mais profundamente os processos que causam terremotos, como o evento que assolou o Japão no dia 11 de março. Isso porque os terremotos criam “rastros” na gravidade, o que poderia ser usado para entender o processo que conduz catástrofes naturais e, assim, prevê-los.

A ideia dos pesquisadores da Esa é continuar medindo a gravidade até o final de 2012. O satélite Goce, responsável pelos dados, pesa uma tonelada e orbita a baixa altitude. Ele usa um equipamente específico para medir a gravidade.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Tsunami no Sol!

Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com.spacenews.php/?posic=dat_20091125-115709.inc

Alguns anos atrás, os físicos solares testemunharam pela primeira vez uma gigantesca onda de plasma se propagando pela superfície do Sol. A dimensão do fenômeno era tão grande que apesar de estarem presenciando o evento, não podiam acreditar no que viam. Naquela ocasião, a enorme onda ergueu-se mais alto que a Terra para em seguida despencar sobre a superfície, formando padrões circulares de milhões de quilômetros de circunferência.
Céticos, diversos observadores sugeriram que o fenômeno poderia ser alguma sombra ou ilusão de ótica provocada por efeitos atmosféricos. Aquilo poderia ser tudo, menos uma onda real.
O tempo passou e diversos estudos foram feitos, mas uma imagem captada em fevereiro de 2009 pelo satélite Stereo deu um xeque-mate no problema. A imagem mostrava uma gigantesca explosão próxima à mancha solar 11012, arremessando uma nuvem de mais de 1 bilhão de toneladas de gás aquecido ao espaço, provocando uma gigantesca onda na superfície do Sol. "Agora nós sabemos", disse Joe Gurman, do Laboratório de Física Solar do Centro Espacial Goddard, da Nasa. "Os tsunamis solares realmente existem".
"Aquilo foi definitivamente uma onda", disse Spiros Patsourakos, ligado à universidade de Mason e autor do paper publicado esta semana no periódico Astrophysical Journal Letters. "Não é uma onda comum, de água. É uma gigantesca onda de plasma e magnetismo", explicou.
O nome técnico para o novo fenômeno é Onda Magneto-hidrodinâmica de Modo Rápido, ou MHD e foi captado com grande precisão por um dos satélites Stereo, que estuda o Sol. Na imagem, a gigantesca ejeção de massa coronal, CME, atinge 100 mil km de altitude e se desloca a 250 km/s, com energia igual a nada menos que 2.4 gigatoneladas de TNT, o equivalente a 150 mil bombas atômicas similares às que caíram sobre Hiroshima em 1945.
Os tsunamis solares foram descobertos em 1997 através de imagens captadas pelo Telescópio Solar e Heliosférico SOHO e desde então foram motivos de diversas controvérsias entre os cientistas. Em maio de 2009, outra ejeção de massa coronal explodiu em uma região ativa na superfície do Sol e foi registrada pelo satélite SOHO como uma gigantesca onda que praticamente atravessou a superfície do Sol.
Os tsunamis solares não representam uma ameaça direta à Terra, mas são extremamente importantes para o estudo do astro-rei. "Podemos usá-los para diagnosticar as condições atuais do Sol e tentar prever quando as tempestades solares podem ocorrer. Ao observar como as ondas se propagam, podemos coletar informações sobre as camadas mais baixas da atmosfera solar e que de outra forma não seriam possíveis", disse Gurman.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Nebulosa Quadrada!

Publicada na Folha.com em 23/03/2011
Ninguém sabe realmente dizer como uma nebulosa toma a forma de um quadrado, mas esse é justamente o caso da MWC 922.
Uma das hipóteses diz que uma estrela, ou um conjunto de estrelas, que está no centro do sistema estelar expele cones de gases durante a fase final de desenvolvimento, originando esse peculiar feitio.
Com base em evidências científicas, os pesquisadores especulam que a MWC 922 pode se transformar, um dia, em uma supernova.
A foto, divulgada nesta quarta-feira pela Nasa (agência espacial americana), foi feita pelos telescópios espaciais Hale, na Califórnia, e Keck-2, no Havaí.
James Lloyd/Peter Tuthill/Efe/Nasa

quarta-feira, 23 de março de 2011

Planetário Virtual!

Quem pratica astronomia já conhece ou pelo menos ouviu falar no programa "STELLARIUM".
Stellarium é um planetário de código aberto para o seu computador. Ele mostra um céu realista em três dimensões igual ao que se vê a olho nu, com binóculos ou telescópio.
Ele também tem sido usado em projetores de planetários. Basta ajustar as coordenadas geográficas e começar a observar o céu!
Segue aqui o link para vc baixar e navegar pelo céu noturno mesmo estando entre quatro paredes!
http://www.stellarium.org/pt/

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Tamanho aparente da Lua

Aproveitando o assunto da Super-Lua do dia 19/03/2011, vale a pena falar de um fenômeno muito comum. O fenômeno da Lua.
Todos nós já tivemos a impressão de que a Lua é muito maior quando está próxima ao horizonte do que quando está alta no céu.
Na realidade é apenas uma ilusão. O que realmente faz com que a Lua pareça gigante nestas ocasiões são os circuitos no nosso cérebro. É uma ilusão óptica, tão bem conhecida que até tem o seu próprio nome: a Ilusão da Lua.
Mas, se medirmos o tamanho angular da Lua Cheia após nascer, quando está perto do horizonte, e novamente algumas horas depois quando estiver alta no céu, estes dois números são idênticos: não muda de tamanho.
Então porque é que o nosso cérebro pensa que sim? Não há nenhum consenso acerca deste tema, mas aqui ficam as duas explicações mais sensatas:
1. Quando a Lua está baixa no horizonte existem muitos objetos (montes, casas, árvores, etc.) com os quais se podem comparar o seu tamanho. Quando está alta no céu, está isolada. Isto pode criar algo parecido à Ilusão de Ebbinghaus, onde objetos de tamanho idêntico parecem de tamanhos diferentes quando colocados em arredores diferentes. Veja o exemplo abaixo:

Embora não pareçam, os dois círculos alaranjados têm exatamente o mesmo tamanho.

Outra explicação possível:

2. Quando observada perto de objetos do plano da frente que sabemos estar longe de nós, o nosso cérebro pensa algo do gênero: "uau, a Lua está ainda mais longe do que aquelas árvores, e elas estão muito longe. E embora esteja muito distante, ainda parece muito grande. Isto só pode significar que a Lua é gigantesca!".

Estes dois fatores combinam-se para enganar o nosso cérebro e "ver" uma Lua maior quando está próxima do horizonte em comparação quando está alta no céu, mesmo quando os nossos olhos - e os nossos instrumentos - a observam exatamente do mesmo tamanho.

Sábado terá a ‘maior’ Lua dos últimos 18 anos!

Publicado no Yahoo! Notícias em 17 de Março de 2011
Sábado, dia 19, os brasileiros terão a oportunidade de ver o fenômeno conhecido por “Super Lua”. A Lua cheia parecerá maior do que o normal, pois estará à distância mais próxima da Terra dos últimos 18 anos. Devido à proximidade, as marés deverão se alterar.

A Lua iluminará o céu a, apenas, 356.574 quilômetros daqui - 6.530 quilômetros mais perto do que o habitual. Esse ponto de proximidade se chama “Perigeu Lunar”. O fenômeno acontece apenas quando é Lua cheia e porque a órbita do satélite é elíptica - sua distância da Terra é variável - e não circular.

Influência em catástrofes
Alguns exotéricos acreditam que o fenômeno está ligado a catástrofes naturais como enchentes e terremotos. Segundo o Ciência Hoje, até existe uma relação entre as fases da Lua cheia e nova e as atividades sísmicas, já que a força das marés fica mais forte nessas épocas. Assim, consequentemente, as marés aumentam a pressão sobre as placas tectônicas.

Porém, segundo o Centro de Investigação Geológica (CIG) dos Estados Unidos, a Lua não teve relação com o terremoto que devastou o Japão na sexta-feira (11). O tremor aconteceu em um período de fracas marés. Para o órgão, foi apenas uma coincidência o terremoto ter ocorrido uma semana antes da “Super Lua”.
No Recife, os astrônomos amadores do projeto CÉU DE PERNAMBUCO estarão com seus telescópios no Espaço Ciência, PE-15 (ao lado do Shopping Tacaruna) a partir das 18h acompanhando o fenômeno. Quem quiser conferir não paga!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Alunos do Cabo contarão com planetários digitais!

Publicado em 15.03.2011, às 14h09 no JC Online

A partir de abril, os cerca de 31 mil alunos da rede municipal de ensino do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, poderão contar com aulas de ciências mais atrativas e dinâmicas, já que a prefeitura acaba de adquirir oito planetários digitais.
Para dar início às atividades, 50 professores estão participando durante todas esta semana do curso de Introdução à Astronomia e Utilização Didática do Planetário Digital.
 Dentro das temáticas abordadas com os professores estão o Sistema Solar, a estrutura do Universo, as coordenadas geográficas, além da parte prática, através da visualização de estrelas a olho nu e com equipamentos.
Os planetários, que possuem capacidade para 60 alunos, são formados por uma cúpula inflável móvel que pode ser transportada para outro local. Segundo a secertaria de Educação, a ideia é levar a novidade para outras escolas da rede, que reúne 100 instituições.
Foto: Aline Vieira

FASES DA LUA



A Terra e a Lua são iluminadas pelo Sol. 
As fases da Lua são resultado da forma que a luz do Sol ilumina a Lua durante seu movimento em volta da Terra. Por isso, a cada dia vemos a Lua de um jeito diferente lá no céu.
Um ciclo completo leva 29 dias e meio e se chama mês lunar, lunação, revolução sinódica ou ainda período sinódico da Lua.
Quatro fases lunares recebem denominações especiais:

Nova
É quando o hemisfério lunar voltado para a Terra não reflete nenhuma luz do Sol. Dizemos também que a Lua está em conjunção com o Sol. A Lua Nova só é visível durante os eclipses do Sol que, aliás, só acontecem quando é Lua Nova. Nessa fase, o ângulo entre Sol, Terra e Lua é praticamente zero. A Lua Nova nasce por volta das seis horas da manhã e se põe às seis da tarde. Ou seja, ela transita pelo céu durante o dia.

Crescente
Cerca de sete dias e meio depois da Lua Nova, a Lua deslocou-se 90° em relação ao Sol e está na quadratura ou primeiro quarto. É o quarto-crescente. A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe à meia-noite. Seu aspecto é o de um semicírculo voltado para o Oeste. Vista do hemisfério Sul, a aparência do quarto-crescente lembra a letra “C”, de crescente. Mas no hemisfério Norte, ao contrário, a Lua crescente se parece um “D”.

Cheia

Passados 15 dias da Lua Nova, dizemos que a Lua está em oposição ao Sol. É Lua Cheia. Os raios solares incidem verticalmente sobre o nosso único satélite natural, iluminando 100% do hemisfério voltado para a Terra. O ângulo Sol-Terra-Lua agora é de 180 graus. Lua e Sol estão em lados diametralmente opostos do céu.

Curiosamente, essa é a pior ocasião para observar a Lua ao telescópio, pois a luz do Sol que incide sobre o satélite quase não produz sombra, o que dificulta o reconhecimento de crateras e outros acidentes do terreno. A Lua Cheia é visível durante toda a noite, nascendo por volta das dezoito horas e se pondo às seis da manhã. Somente numa noite de Lua Cheia pode acontecer um eclipse lunar.


Minguante

Uma nova quadratura surge quando a diferença angular é de 270°. Neste dia, o aspecto da Lua é de um semicírculo voltado para o Leste. A Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia, aproximadamente. O quarto-minguante é também conhecido como quarto-decrescente e, visto do hemisfério Sul, a Lua realmente lembra uma letra “D” (de decrescente).

terça-feira, 15 de março de 2011

CONSTELAÇÕES


Uma Constelação é um grupo de estrelas que aparecem próximas umas das outras no céu que quando são ligadas formam uma imagem de um animal, objeto ou seres fictícios.
As constelações surgiram na antiguidade para ajudar a identificar as estações do ano.
Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a alguma constelação.
Diferentes povos deram diferentes nomes a constelações, mas em 1929 a União Astronômica Internacional adotou 88 constelações oficiais que podem ser classificadas em:
  • Boreais: que localizam-se no hemisfério celestial norte - Leo Minor, Lacerta, Ursa Major, Perseus, Lynx, Lyra, Hércules, Triangulum, Corona Borealis, Cassiopeia, Andromeda, Auriga, Canes Venatici e Cygnus.
  • Austrais: que localizam-se no hemisfério celestial sul - Circinus, Centaurus, Phoenix, Pavo, Norma, Columba, Microscopium, Corona Australis, Lupus, Crux, Dorado, Musca, Indus, Horologium, Fornax, Pictor, Carina, Piscis Austrinus, Antlia, Volans, Vela, Ara, Tucana, Triangulum Australe, Caelum, Grus, Puppis, Pyxis, Reticulum, Sculptor e Telescopium.
  • Zodiacais: que são cortadas pela eclíptica - Pisces, Aries, Virgo, Aquarius, Taurus, Scorpius, Ophiuchus (ou Serpentário) incluído recentemente pelos astrólogos, Sagittarius, Capricornus, Leo, Cancer, Gemini e Libra.
  • Equatoriais: que são cortadas pelo equador celeste - Vulpecula, Boötes, Canis Minor, Canis Major, Sextans, Serpens, Scutum, Aquila, Sagitta, Monoceros, Eridanus, Delphinus, Crater, Equuleus, Corvus, Coma Berenices, Hydra, Orion, Pegasus, Cetus e Lepus.
  • Circumpolares Norte: Draco, Cepheus, Camelopardalis e Ursa Minor 
  • Circumpolares sul: Octans, Chamaeleon, Mensa, Apus e Hydrus
Vale lembrar que as estrelas de uma constelação só estão aparentemente próximas na esfera celeste, pois na verdade estão a distâncias reais diferentes.