terça-feira, 31 de maio de 2011

Luzes no Céu!!

JOSÉ ROBERTO V. COSTA em http://www.zenite.nu/

De repente uma luz no céu luz vai ficando cada vez mais intensa enquanto se move lentamente, até que supera o brilho de todas as outras estrelas do céu. Mas tudo se desfaz na mesma velocidade com que surgiu. Não fica nada no lugar, nenhum vestígio.
O que foi aquilo? Terá sido um disco voador? Uma estrela cadente? Uma supernova?
Nada disso. Por trás daquele brilho intenso está uma marca bem conhecida, que muitos carregam no bolso – e um dos maiores fracassos comerciais de todos os tempos.
Na década de 1990 a MOTOROLA gastou bilhões de dólares para desenvolver um ambicioso projeto mundial de telecomunicações via-satélite, o Iridium. Naquela época os celulares eram grandes e analógicos, e a empresa pretendia fornecer telefones móveis que funcionassem em qualquer parte, mantidos por uma rede de mais de 60 satélites ao redor do globo.
O brilho momentâneo de um satélite Iridium (em inglês Iridium flare)
é causado pela reflexão da luz do Sol em suas três antenas polidas.
O que eles não esperavam foi o rápido desenvolvimento da tecnologia, junto com um aumento espantoso das áreas de cobertura. Quando os primeiros satélites Iridium foram lançados, já era possível fazer e receber ligações entre as maiores cidades do mundo no sistema digital, muito superior em qualidade e facilidades.
Assim, em 1999, a Motorola teve um fracasso bilionário.
Alguns dos 66 satélites já lançados foram desativados e destruídos. Mas ainda existem tantos Iridium em órbita que você pode esperar ver pelo menos um deles por semana.
Ocasionalmente uma antena reflete a luz do Sol direto para a Terra. Enquanto já é noite aqui embaixo, o Iridium focaliza o brilho do Sol como uma lupa, justo em cima da sua cidade. Sem pânico. O resultado é só uma “estrela” que brilha bem forte por alguns segundos.
A maioria atinge magnitude -8, mas alguns podem chegar a -9.5. Quando não estão brilhando dessa maneira, um satélite Iridium ainda pode ser visto a olho nu, mas sua magnitude fica em torno de +6, o mesmo que uma estrela bem fraquinha.
Por sorte não é necessário ficar esperando indefinidamente até que um deles lhe surpreenda am alguma parte do céu. A passagem de satélites pode ser calculada com muitos dias de antecedência.
Se você  quer se tornar um caçador de satélites, instale em seu computador o programa gratuito Orbitron.
Qualquer que seja a opção, vai lhe dar o prazer de escolher qual objeto rastrear. Você vai saber se está acompanhando a passagem da Estação Espacial Internacional, do telescópio Hubble, de um satélite espião Cosmos ou de um luminoso Iridium.

sábado, 14 de maio de 2011

Novo modelo explica formação de exoplanetas

Efe
Cientistas da Universidade Northwestern (Illinois, EUA) propuseram um modelo que explica a formação dos exoplanetas chamados "Júpiteres quentes" que giram em uma direção contrária à de sua estrela mãe.

Cerca de 25% desses planetas extrassolares mantêm uma órbita retrógada em relação ao giro de sua estrela mãe, um fenômeno que contradiz a teoria padrão que explica a formação planetária, segundo a qual um planeta deve girar na mesma direção que sua estrela, como ocorre em nosso sistema solar.
Na última edição da revista Nature, a equipe liderada pela astrofísica Smadar Naoz detalha um modelo que aborda todas as propriedades dos "Júpiteres quentes" conhecidos, algo que até agora não se tinha conseguido.
Os modelos existentes até o momento descreviam como uma estrela binária distante pode produzir inclinações na órbita dos "Júpiteres quentes", mas não detalhavam como se podem gerar órbitas retrógradas em relação ao momento angular total do sistema.
Este tipo de exoplaneta orbita a uma distância 100 vezes mais próxima a sua estrela mãe do que Júpiter, e em alguns casos sua trajetória não está alinhada ao eixo de rotação de sua estrela.
A análise dos cientistas constata que, em um sistema solar com vários planetas, o momento angular do mais próximo a sua estrela não tem de ser constante, e pode eventualmente ser retrógrado.

Erupção inédita de luminosidade intriga astrônomos

BBC BRASIL e Folha.com
A estrutura espacial chamada Nebulosa do Caranguejo impressionou os astrônomos ao emitir uma quantidade inédita de raios gama, uma forma de energia extremamente luminosa.
A nebulosa é composta principalmente de detritos de uma supernova cuja destruição foi observada no ano 1054.
O que motivou a erupção sem precedentes de raios gama, ocorrida em meados de abril, é um grande mistério para os cientistas.
Aparentemente, ela vem de uma pequena área da nebulosa, há tempos considerada uma fonte constante de luz.
A novidade é que o telescópio Fermi, que observa a nebulosa, detectou uma atividade luminosa ainda mais intensa na estrutura.
A emissão de raios gama durou cerca de seis dias, alcançando níveis 30 vezes maiores que o normal e, em alguns momentos, com variações a cada hora.
No coração da nuvem colorida e brilhante de gás é possível observar um pulsar --uma estrela que emite ondas de rádio em impulsos repetidos regularmente.
Mas, até o momento, nenhum dos componentes já conhecidos da nebulosa é capaz de explicar a luminosidade observada pelo Fermi, diz Roger Blandford, diretor de um instituto de astrofísica e cosmologia nos EUA.
"Tem de haver outra fonte para esses raios gama altamente energéticos", ele disse à BBC News. "São necessários cerca de seis anos para a luz cruzar a nebulosa, então essas erupções, (ocorridas) em horas, têm de ser produzidas em uma região bem compacta em comparação com o tamanho da nebulosa."
A principal suspeita até agora é de que, em uma região próxima ao pulsar, intensos campos magnéticos vão em direções opostas, reorganizando-se repentinamente e acelerando partículas a uma velocidade próxima à da luz. À medida que eles se movem em caminhos curvados, as partículas emitiriam os raios gama observados no Fermi.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Júpiter, Marte, Vênus e Mercúrio em Alinhamento Raro!

Neste mês, quatro dos cinco planetas visíveis a olho nu se reúnem ao longo do horizonte leste perto do amanhecer.
Visualmente Mercúrio aparece abaixo e à direita de Vênus e o brilhante Júpiter ainda mais embaixo, próximo ao centro da imagem. Abaixo de Júpiter, Marte encontra-se relativamente tênue e se esforça ao máximo para brilhar através de uma fina camada de nuvem e o aquecedor brilho crepuscular. E à medida que o mês progride a tentadora configuração irá mudar, com Marte e Júpiter se movendo para mais alto enquanto Vênus e Mercúrio vagueiam pelo céu para mais próximo do Sol nascente.

Sobre o alinhamento de Cinco planetas em 2002
Cinco planetas foram vistos ao mesmo tempo e na mesma região do céu, em um fenômeno que deve voltar a ser observado apenas daqui a 91 anos.
Júpiter, Saturno, Marte, Vênus e Mercúrio - os cinco planetas visíveis a olho nu - foram vistos alinhados pela última vez em 1940.

Devido às diferentes velocidades das órbitas dos planetas é raro que eles fiquem agrupados na mesma região do céu. Além disso, o fenômeno dificilmente é visível sem instrumentos astronômicos.
"É como se eles fizessem uma linha reta, daí o bonito espetáculo do céu", disse o físico Marcomede Rangel, do Observatório Nacional, do Rio de Janeiro.

Espetáculo a olho nu

Segundo Rangel, para observar o fenômeno as pessoas devem procurar lugares afastados das luzes da cidade e onde haja uma clara vista do horizonte, sem prédios, morros ou grandes construções. Ele diz, porém, que não são necessários instrumentos astronômicos nem proteção especial.

O físico explica ainda como distinguir as estrelas dos planetas: "As estrelas piscam, cintilam enquanto a luz do planeta é parada porque reflete a luz do Sol". O fenômeno poderá ser observado durante um mês no fim da tarde, próximo à linha do horizonte. "No Brasil, o melhor horário é a boca da noite, por volta das 18h00", disse Rangel.

Nesse período, a lua deve se aproximar dos planetas, parecendo "pular" de posição entre eles de uma noite para a outra. No entanto, ela poderá ser vista quase alinhada com os planetas apenas nesta sexta-feira e neste sábado, segundo o físico. "A lua é um dos astros mais rápidos", explica.

Misticismo

Os cinco planetas chegaram a ficar lado a lado há dois anos, mas o alinhamento não pôde ser observado da Terra por causa da posição do Sol. O mesmo deve acontecer em 2040 e 2060. No alinhamento de 2000, especulou-se que a Terra poderia ser tirada de sua rota e ondas gigantes seriam formadas.

Desta vez, no entanto, astrônomos se anteciparam ao dizer que o fenômeno não representa nenhum risco ao planeta.

Alinhamento Planetário Causou Terremoto?!

Segundo uma “profecia” de Raffaele Bendani, um controverso cientista italiano que dizia ser capaz de prever terremotos utilizando mapas de astronomia, um terremoto violentíssimo estava previsto para o dia 11 de maio de 2011, em Roma.
A “profecia” assustou os romanos e fez com que muitos faltassem ao trabalho e até mesmo deixassem a capital italiana, buscando abrigos em outros locais.
De fato, dois terremotos com intensidades de 4,5 e 5,2, na escala Richter, atingiram a Europa nesta quarta-feira (11), deixando pelo menos dez mortos na região de Lorca, no sul da Espanha.
Berdani morreu há 32 anos, em 1979, ainda carregando a fama de quase ter acertado a data de um tremor que atingiu a região da costa leste da Itália, em 1924, errando por apenas dois dias. A suposta “profecia” lhe rendeu o apelido de “profeta dos terremotos” e até uma condecoração dada pelo ditador fascista Benito Mussolini.
O notável científico italiano reconhecido por ter previsto terremotos e tê-los registrado perante Tabelião, previu também grandes terremotos em diversas partes do mundo para abril de 2012. Para este último não há precisão de dias e nem de lugares.
Segundo ele as causas dos terremotos que ele previu são os raros alinhamentos planetários iguais ao que podemos constatar durante este mês entre os planetas Júpiter, Marte, Vênus e Mercúrio. (Veja o post seguinte)
De acordo com Bendani esse alinhamento acaba somando as gravidades dos planetas e interferem nos eventos sísmicos de nosso planeta.
Bem, na minha opinião ele acertou. Embora tenha errado o local, se considerarmos o tamanho do globo terrestre a distância entre Roma e Lorca ne m é tão significante.
Ponto pro Bendani!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

USP Quer Formar Engenheiros Aeroespaciais!

Carlos Lordelo - Estadão.edu

Com a consultoria do astronauta Marcos Pontes, a USP elabora projeto para formar engenheiros aeroespaciais no câmpus de São Carlos. O objetivo é atender à demanda do programa espacial brasileiro por esses profissionais.
Pela proposta, 10 dos 40 alunos que entram anualmente no bacharelado em Engenharia Aeronáutica cursariam matérias da área aeroespacial.
“Esses alunos vão aprender a projetar, além de aviões, satélites e espaçonaves”, diz o professor Fernando Catalano, chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos. O estudante sairia com o título de bacharel em Engenharia Aeronáutica com ênfase em Engenharia Aeroespacial.
O projeto está em vias de ser enviado à Comissão de Graduação da unidade. Se aprovada em todas as instâncias da USP, a nova estrutura curricular deve começar a valer para os ingressantes em 2013.
Segundo Catalano, a intenção, no futuro, é ter um curso específico de Engenharia Aeroespacial. “Antes, vamos observar como o mercado absorve nossos formandos.”
A discussão sobre o novo curso começou há cerca de dois anos, por iniciativa de Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro. “O Marcos tem uma bagagem absurda e contatos importantes no Brasil e no exterior, além de ser engenheiro de extensa formação”, conta Catalano.
Para Pontes, que em 2006 representou o País na Estação Espacial Internacional, faltam profissionais qualificados para trabalhar no programa espacial brasileiro. “Muita gente sai do País ou trabalha no setor privado”, diz. “Somos um país enorme e precisamos investir em satélites para monitorar nossos recursos naturais, especialmente a Amazônia, e oferecer dados climáticos adequados para a produção agropecuária.”
O curso de Engenharia Aeroespacial também é oferecido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, e nas Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e do ABC (UFABC), na região metropolitana de São Paulo.

Foto Inédita de Gases Deixando Galáxias!!

A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou nesta segunda-feira uma foto feita pelo observatório espacial Herschel que mostra o momento em que nuvens de gases moleculares se expandem no interior de um conglomerado de galáxias.

Acredita-se que as estrelas são formadas a partir desses gases moleculares.
A imagem é considerada um feito e tanto pelos astrônomos já que a velocidade do fenômeno é de mais de mil quilômetros por segundo, o que a torna difícil de ser captada. Segundo a ESA, isso equivaleria a ser dez mil vezes mais rápido do que um furacão no planeta Terra.
A boa notícia é que esta é a primeira vez que se tem uma foto dessas expansões que ocorrem no espaço.
A má notícia é que essas expansões, se muito potentes, carregam boa parte da matéria-prima utilizada na formação de estrelas. Ou seja, podem até interferir negativamente na sua criação.