Na região do Polo Norte existem grupos que "caçam" auroras boreais, ou luzes do Norte.
Estes grupos percorrem regiões da Finlândia e da Noruega atrás das melhores chances de registros do fenômeno de luzes. Muitos contam com a ajuda de empresas de turismo especializadas em aurora boreal.
O grande problema da "caça" à aurora é a dificuldade em prever onde ela vai aparecer.
Em seu site, a agência oficial de turismo da Noruega chega a comparar a aurora boreal a uma "dama astuta". "Você nunca sabe quando ela vai aparecer. Esta diva vai te deixar esperando", diz o site.
Por isso, os caçadores estudam informações meteorológicas para tentar encontrar o melhor lugar para ver as luzes.
Observando o movimento e a densidade das nuvens, eles encontram um lugar e um momento específico onde vai haver um buraco nas nuvens.
As excursões para os locais escolhidos são realizadas em micro-ônibus ou trenós puxados por cães, especialmente para chegar em áreas de difícil acesso.
VENTO SOLAR
O processo que causa a aurora é parecido com a física das luzes de neon, um elétron interage com átomos neutros e emite luzes de várias cores. O que acontece quando a aurora brilha é que as partículas vindas do Sol --a maioria delas são elétrons-- são trazidas pelos ventos solares na direção da Terra e guiadas pelos polos magnéticos do planeta.
Quando as partículas interagem com a atmosfera da Terra, elas estimulam moléculas que já estão aqui, e estas emitem luzes.
A cor das luzes depende dos gases na atmosfera terrestre (oxigênio, nitrogênio ou outros). E, quando os ventos solares são mais fortes (...), as auroras serão mais brilhantes.
Para 2012 e 2013, a previsão é de muita atividade solar, portanto as auroras boreais serão mais frequentes.
O Polo Sul é afetado da mesma forma pela atividade solar. Mas, existe a diferença sazonal: no norte, a aurora é vista no inverno, quando tudo fica escuro.
No sul, as regiões são iluminadas 24 horas por dia, então não é possível ver as luzes.
No norte, a aurora boreal pode ser vista nos países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), Finlândia, Rússia, América do Norte e norte da Escócia.
O fotógrafo finlandês Martti Rikkonen, um dos mais famosos fotógrafos de natureza do país, ganhou um prêmio nacional em 1995, com uma imagem da aurora boreal. Ele afirma que muitos finlandeses não dão tanta importância para as luzes.
"Para muitas pessoas, não é nada especial, pois temos elas com muita frequência. Você pode ver (as luzes) com tempo limpo talvez 200 noites por ano. Mas quando elas estão boas, todo mundo se interessa, pois há tanta cor e elas são fantásticas", disse.
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