Com os 192 terabytes de dados coletados pelos sete instrumentos que compõem a sonda, a LRO configurou a imagem mais precisa do satélite natural da Terra.
Como curiosidade, a Nasa explicou que essa quantidade de informação equivale a cerca de 41 mil DVDs.
"Esta é uma grande conquista", garantiu Douglas Cooke, diretor-adjunto do ESMD (Diretório de Missões de Sistemas de Prospecção) da Nasa em entrevista à imprensa em Washington.
O objetivo principal da missão era buscar possíveis locais para o pouso de naves tripuladas que pudessem viajar no futuro e permitir uma prospecção "segura" e "efetiva" da Lua, mas a missão "mudou nossa compreensão científica", disse Michael Wargo, cientista-chefe de pesquisas da Lua do ESMD.
O Lola (Altímetro Laser do Orbitador Lunar) realizou mais de 4 bilhões de medições, cem vezes mais que todos os dados enviados até agora por todos artefatos empregados pela Nasa para investigar a Lua, e que abrem "um mundo de possibilidades" para o futuro da ciência.
Outro instrumento, a LROC (Câmera do Orbitador de Reconhecimento Lunar), revelou imagens detalhadas de quase 5,7 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Lua durante a fase de prospecção. A nitidez das imagens transmitidas permite distinguir detalhes nunca antes vistos.
"Com esta resolução, o LRO facilmente poderia detectar uma mesa de piquenique na Lua", disse o cientista do projeto Richard Vondrak, do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa em Greenbelt, Maryland. Os dados apresentados nesta terça-feira representam a fase de prospecção da missão, mas ainda restam dois anos de pesquisa. "Mais dois anos de maravilhas científicas estão por vir", prometeu Vondrak.
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