sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sistema Solar é cercado por zona de tubulência magnética!

Os confins do nosso Sistema Solar têm uma zona de turbulência repleta de "bolhas" magnéticas.
Dados colhidos ao longo de seis meses pela Nasa, permitiram que cientistas elaborassem o primeiro mapa dos limites do Sistema Solar, descobrindo uma faixa de átomos de alta energia junto à heliopausa - a  região onde a influência do Sol começa a ceder lugar à do restante da galáxia - que não havia sido prevista por modelos teóricos.

Esses átomos são criados na área do Sistema Solar conhecida como região da fronteira interestelar. É nessa região que as partículas dotadas de carga elétrica emitidas pelo Sol, o chamado vento solar, fluem para além da órbita dos planetas e colidem com o material que existe no espaço entre as estrelas.
Os átomos energéticos neutros viajam na direção do Sol a partir do espaço interestelar a velocidades de 150.000 km/h a mais de 3,6 milhões de km/h. A fronteira interestelar não emite luz que possa ser coletada por telescópios comuns.
Os pesquisadores foram surpreendidos por alguns dos dados revelados pelas sondas Voyager. Eles esperavam que os limites do Sistema Solar fossem mais serenos e com menos atividades magnéticas.
Esta é mais uma demonstração entre tantas das capacidades extraordinárias das sondas Voyagers, que continuam gerando dados e novos questionamentos mais de três décadas depois de seus lançamentos.
As sondas Voyager1 e Voyager 2, da Nasa, estão atravessando este 'mar magnético' para tentar sair do Sistema Solar. As duas naves foram lançadas em 1977 para pesquisar os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A tarefa foi completada em 1989. Elas então foram direcionadas rumo ao centro da Via Láctea.
Elas agora estão a mais de 14 bilhões de quilômetros da Terra, se aproximando do limite do Sistema Solar.
Os pesquisadores afirmam que estas descobertas têm impacto na forma como se entendem as tempestades de partículas de alta energia que se aceleram na direção da Terra, vindas de explosões de estrelas e buracos-negros. É provável que a massa de estruturas magnéticas torne o Sistema Solar mais poroso e suscetível a raios cósmicos.
A observação é de interesse não só para astrônomos, como também para astronautas - que precisam se precaver contra os efeitos dos raios cósmicos na sua saúde.

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