Após as incertezas iniciais sobre o ponto exato do reingresso do satélite Uars à Terra neste último sábado, a Nasa informou que "O satélite entrou na atmosfera sobre o Pacífico a 14,1 graus de latitude sul e 170,2 graus de longitude leste. Essa localização se situa em uma área remota e grande do oceano", distante de terra firme.
A Nasa também divulgou a hora exata em que o satélite atingiu a Terra: 4h01 GMT (1h01 de Brasília)do dia 24/09/2011.
O Uars (Satélite de Pesquisas da Atmosfera Superior, na sigla em inglês) pesava 6,5 toneladas e foi colocado em órbita pelo ônibus espacial Discovery em 1991.
Foi projetado para medir as mudanças atmosféricas e os efeitos da poluição e desde que completou sua missão, em 2005, o Uars passou a perder altitude, por causa da gravidade terrestre até cair neste sábado se despedaçando em 26 partes após a reentrada.
Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez por semana. Um grande satélite como o Uars (que tem 10 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro) volta à Terra uma vez por ano.
É muito difícil calcular com precisão quando chegará à Terra um satélite fora de controle. Qualquer pequena mudança na hora de sua volta na atmosfera é traduzida em milhares de quilômetros de diferença sobre o lugar onde cairá.
Apesar dos milhares de fragmentos de lixo espacial que se concentram na órbita da Terra, nestes quase 54 anos desde o lançamento do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial em órbita), não há registros confirmados de mortes provocadas por eles.
Na verdade, acredita-se que apenas uma pessoa tenha sido atingida por lixo espacial. Em 1997, a americana Lottie Williams foi atingida no ombro por um pequeno pedaço do que, segundo a própria Nasa, provavelmente era um pedaço de um foguete Delta. Ela não se machucou.
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