segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Telescópio no Sertão de Pernambuco!

O céu de Itacuruba, no Sertão do São Francisco, distante 481 quilômetros do Recife, está sendo monitorado por astrônomos do Observatório Nacional, que instalaram no município o segundo maior telescópio do país.

O equipamento, de fabricação alemã, pretende avaliar a trajetória de asteróides e cometas que possam atingir a superfície da Terra.
Por enquanto, o monitoramento dos corpos celestes vem sendo feito da própria Itacuruba, mas a ideia original do projeto é que o telescópio de Itacuruba seja controlado por computador do Sudeste.
Para o monitoramento à distância o Observatório Nacional tem um link de rede dedicada (exclusiva) ao telescópio.
O projeto é o único na América Latina a monitorar asteróides e cometas em rota de colisão com a Terra. Há experiências desse tipo no Hemisfério Norte, sendo três nos Estados Unidos e duas na Europa. Antes do telescópio de Itacuruba, que integra o projeto Impacton do Observatório Nacional, um quarto da esfera celeste ficava sem monitoramento astronômico.

O telescópio óptico de Itacuruba perde em tamanho, no Brasil, apenas para um de Brasópolis (Minas Gerais), que possui um espelho de 1,60 metro de diâmetro. O diâmetro do equipamento do município pernambucano mede um metro.
A escolha de Itacuruba para abrigar os telescópios se deu por conta de condições técnicas. A pouca quantidade de chuvas e de queimadas e o grande número de noites de céu aberto facilita as pesquisas astronômicas. Também foram favoráveis, a baixa densidade demográfica e a proximidade de um centro urbano. Do Morro da Serrinha, onde fica o primeiro telescópio instalado, são oito quilômetros. A distância facilita o apoio logístico, mas não há interferência da lumonisidade artificial.

DADOS DO TELESCÓPIO DE ITACURUBA

-2º maior telescópio óptico do Brasil;
-1 metro de diâmetro possui o espelho principal do equipamento, enquanto o diâmetro do telescópio de Brasópolis (Minas Gerais) mede 1,60 metro;
-5 hectares é quanto mede o terreno onde o telescópio de Itacuruba foi instalado;
-25% da esfera celeste não estavam sendo exploradas antes do funcionamento do telescópio de Itacubura.
-90% dos cometas e asteróides em risco de colisão com a Terra devem ser identificados, segundo a União Astronômica Internacional, por projetos semelhantes ao brasileiro;

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CHUVAS DE METEOROS

Os meteoros, também conhecidos popularmente como estrelas cadentes, são fenômenos associados com a entrada na atmosfera terrestre de pequenas partículas sólidas vindas do espaço. Ao mergulhar através do ar a altas velocidades, estas partículas deixam atrás de si brilhantes traços luminosos devido à fricção e também à ionização gerada nas camadas superiores da atmosfera.
A Terra em sua órbita ao redor do Sol passa através de regiões com grande concentração de minúsculas partículas de poeira deixadas para trás por cometas que visitaram o Sistema Solar.

Os meteoros provenientes de uma determinada chuva de meteoros parecem se originar de um mesmo ponto na esfera celeste chamado radiante.
As chuvas de meteoros recebem nomes derivados das constelações onde se encontram os seus respectivos radiantes, ou das estrelas mais brilhantes próximas aos radiantes.
Como o nosso planeta sempre cruza um cinturão de meteoróides no mesmo ponto da sua órbita, as chuvas de meteoros sempre ocorrem nas mesmas datas de cada ano. São elas:

Nome Máximo Taxa Constelação
Quadrantídeas 03 Jan 120 Bootes
Lirídeas 22 Abr 15 Lyra
Eta-Aquarídeas 05 Mai 50 Aquarius
Delta-Aquarídeas 29 Jul 15 Aquarius
Perseídeas 12 Ago 80 Perseus
Orionídeas 21 Out 20 Orion
Taurídeas 04 - 12 Nov 10 Taurus
Leonídeas 17 Nov 100 Leo
Geminídeas 14 Dez 80 Gemini

sábado, 12 de novembro de 2011

Sistema solar pode ter tido 5 planetas gigantes!

"A possibilidade de que o sistema solar tenha tido mais de quatro planetas gigantes inicialmente, e expulsou um, parece ser mais concebível de acordo com as recentes descobertas de um grande número de planetas flutuando livremente no espaço interestelar, o que demonstraria que o processo de expulsão planetária seria bastante comum", disse o astrofísico David Nesvorny em um estudo divulgado nesta sexta-feira, 11, pela revista 'The Astrophysical Journal Letters'.
O artigo descreve o sistema solar há 600 milhões de anos como um lugar caótico no qual os planetas e as luas provocavam deslocamentos entre si devido a órbitas instáveis.
Nesvorny desenvolveu simulações de computador baseadas em uma análise do conjunto de pequenos corpos conhecidos como Cinturão de Kuiper e das crateras da lua. O dinamismo em transformação das órbitas dos planetas gigantes e dos corpos pequenos fez com que os corpos celestes se dispersassem para diferentes lugares.
Os corpos pequenos foram na direção do Cinturão de Kuiper e do sol, gerando vários impactos na terra, Júpiter se deslocou para o interior do sistema solar, enquanto Urano e Netuno se movimentaram para o exterior.
Entretanto, Nesvorny detectou um problema neste modelo, pois se for aceita a teoria de que Júpiter mudou de órbita de maneira súbita quando se afastou de Urano e Netuno durante o período de instabilidade na zona externa do sistema solar, a conclusão é de que estes últimos planetas teriam ficado fora do sistema.
"Algo estava errado", ressaltou.
Para achar uma saída para esta encruzilhada, o pesquisador decidiu introduzir nas simulações cinco planetas gigantes ao invés dos quatro atuais (Júpiter, Urano, Netuno e Saturno). Daí conseguiu um resultado mais compatível com a atual configuração de nosso sistema planetário.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vídeos do Asteróide!!!

Ahá! Chegou nossa vez!
Por diversas razões, infelizmente o asteróide 2005 YU55 não pôde ser observado por astrônomos amadores aqui no Brasil.
Porém, os observadores do hemisfério norte estavam numa posição mais favorável e conseguiram fazer uns vídeos desse corpo celeste.
Devido à proximidade que o asteróide passou, o seu movimento aparente foi muito rápido e imposibilitou a fotografia. Porém, alguns vídeos foram feitos e permitiram uma visão razoável do mesmo.
E o blog OLHO NO CÉU disponibiliza agora esses vídeos para que nós também possamos ter uma idéia de como é uma passagem de um asteróide.




APROVEITEM!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Satélite alemão caiu na região do Golfo de Bengala!

A agência espacial alemã (DLR), vinculada à agência espacial europeia (ESA), divulgou nesta terça-feira, 25, que o satélite Rosat entrou na atmosfera terrestre na região do Golfo de Bengala. A agência levou dois dias, desde a queda do satélite, para determinar o local de impacto.
Satélite queimando ao entrar na atmosfera no último dia 20
É muito difícil calcular com precisão quando chegará à Terra um satélite fora de controle. Qualquer pequena mudança na hora de sua volta na atmosfera é traduzida em milhares de quilômetros de diferença sobre o lugar onde cairá. Por isso os cientistas não conseguem prever com antecedência maior do que 24 horas o local de impacto (já o momento de impacto não pode ser previsto com mais de três dias de antecedência).
Satélites e corpos rochosos caindo na Terra não são nenhuma novidade. No ano passado, cerca de 400 pequenos pedaços de detritos entraram em nossa atmosfera e puderam ser encontrados.
Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez por semana. Um grande satélite como o Uars e o Rosat (que tem 10 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro) voltam à Terra uma vez por ano.

Asteróide Passará "Raspando" na Terra!

Conforme noticiado aqui há meses atrás, temos agora a confirmação da data da passagem do asteroide 2005 YU55.
A data será 8 de novembro, às 20h28 (horário de Brasília), pelos cálculos da Nasa (agência espacial americana).

O objeto estará a 325 mil km do planeta --uma distância que é menor do que os cerca de 386 mil km que nos separam da Lua nessa época.
O asteroide 2005 YU55 tem a medida aproximada de quatro campos de futebol e é um acontecimento aguardado pelos astrônomos, que desejam estudá-lo. Já estão a postos todos equipamentos de observação possíveis.
Para astrônomos amadores talvez seja um pouco difícil observá-lo, afinal sua magnitude (brilho) será bastante fraca, e será ainda mais difilcultada pela Lua cheia que ocorrerá na noite da aproximação.
De qualquer forma, para quem quiser arriscar:

Noite de 8 de novembro de 2011, Lua Cheia

20:00 asteroide com mag 11.9 em Aquila

21:00 mag 11.5 em Delphinus

22:00 mag 11.2 na borda Del/Peg altura 20 graus

23:00 mag 11.0 em Pegasus, altura 13 graus

8-9 de novembro
00:00 mag 10.9 em Pegasus, altura 7 graus

01:00 asteroide se põe (mag 10.9)

Sete anos atrás, noticia o site Space.com, o 2005 YU55 foi considerado como sendo um "potencialmente perigoso" --ou seja, haveria uma possibilidade de ele atingir a Terra, caso sofresse uma mudança na sua rota por alguma influência externa.
Para os alarmistas, porém, vai o aviso: será difícil o objeto atingir o planeta.
Um evento como esse é raro e não ocorre há 25 anos pelo menos, segundo a Nasa.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cientistas Encontram Vapor de Água em Área de Formação Planetária!

Astrônomos detectaram, pela primeira vez, uma quantidade significativa de vapores de água fria em uma área onde se formam os planetas. Ela circunda uma estrela jovem, TW Hydrae, na constelação de Hydra, a cerca de 175 anos-luz da Terra.
Segundo Michiel Hogerheijde, do Observatório de Leiden, na Holanda, haveria água suficiente para dar origem a centenas de oceanos terrestres --a área onde os planetas são criados equivale a quase 200 vezes a distância da Terra e do Sol. Hogerheijde é o principal autor do estudo publicado na edição de quinta-feira da revista "Science".
                                                A ilustração mostra a área de formação de planetas onde existe enorme quantidade de vapores de água gelada.

A descoberta, feita com a análise de dados coletados pelo Observatório Espacial Herschel, sugere que a região possui grandes volumes de água. Isso faz com que os astrônomos especulem que pode haver mais planetas com água semelhantes à Terra no Universo.
O vapor é visível em uma área gelada fora do sistema solar, onde também os cometas são formados. Uma das teorias sobre a existência na Terra é que ela teria sido trazida por cometas ou asteroides.
Esses corpos estelares funcionariam como uma espécie de "esponja", digamos assim, transportando água para outros planetas a partir de uma eventual colisão e dando origem a oceanos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Chuva de Meteoros Neste Sábado!

Estimam-se que mais de 15 meteoritos por hora, desprendidos do cometa Halley, atravessem a atmosfera terrestre no sábado ao amanhecer, quando a chuva alcançar seu máximo apogeu.
"Embora não seja a maior chuva de meteoros do ano, definitivamente vale a pena se levantar para vê-la", disse Bill Cooke, do Escritório Ambiental sobre Meteoritos da Nasa.
O especialista indicou que, neste ano, as Oriônidas emergirão do céu na noite emolduradas por algumas das constelações mais brilhantes procedentes de Órion e passarão por Touro, Gêmeos, Leão e Ursa Maior.
Mas este ano, além disso, Lua e Marte são parte do espetáculo. O satélite natural da Terra e o Planeta Vermelho formarão os dois vértices de um triângulo celeste que fechará Regulus, a estrela mais brilhante da constelação Leão no momento mais ativo da chuva, horas antes do amanhecer.
Cooke e sua equipe estarão vigiando os meteoritos que atravessarem a Terra e também os que impactarem na Lua, já que, segundo ele, os restos de cometas como o Halley estão presentes em todo o sistema Terra-Lua.
A diferença é que a Lua, por não ter atmosfera, recebe os meteoritos diretamente, os quais impactam e explodem na superfície lunar, provocando o aquecimento térmico das rochas lunares e um brilho que às vezes é visto da Terra com telescópios.
A equipe de Cooke começou a trabalhar em 2005 e, desde então, detectou mais de 250 meteoritos lunares, alguns dos quais explodem "com energias superiores a centenas de quilos de dinamite".
Neste período, registraram 15 Oriônidas que bateram a Lua, duas em 2007, quatro em 2008, e nove em 2009.
Observar como esses meteoritos batem no satélite é uma boa maneira de aprender sobre a estrutura dos fluxos de detritos do cometa e a energia de suas partículas, explica o cientista, que ajudará seu grupo a calcular os fatores de risco para os astronautas que esperam, algum dia, voltar a caminhar sobre a superfície lunar.

Astrônomos Flagram Nascimento de Planeta!

Astrônomos capturaram pela primeira vez um jovem planeta em formação.
A ilustração abaixo mostra como seria a formação de um novo planeta.

O objeto em questão, o LkCA 15b, começou a se formar entre 50 mil a cem mil anos atrás --pouco tempo para os padrões do Universo.
A 450 anos-luz da Terra, o planeta está concentrando poeira e gás estelar que circula uma estrela com 2 milhões de anos.
Os parceiros na descoberta --Adam Kraus, do Instituto para Astronomia da Universidade do Havaí, e Michael Ireland, da Universidade Macquarie, que também trabalha no Observatório de Astronomia Australiano-- disseram que a estrela jovem está bem no centro de um disco de material estelar que a circunda.
Os cientistas anteriores não puderam observar a formação de um planeta antes porque ela acaba sendo ofuscada pelas luzes de outras estrelas das redondezas.
Para contornar esse problema, a dupla combinou dois métodos que deram resultado alterando como usavam os espelhos do observatório.

Foto da Terra!

A Nasa divulgou nesta quinta-feira (19) uma imagem que mostra como a Terra é vista à noite, com focos de luzes que iluminam o planeta.
Tirada pelos astronautas que estão na ISS (Estação Espacial Internacional), a foto mostra a região centro-oeste dos Estados Unidos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Bases Humanas Nas Cavernas Da Lua!

Os Estados Unidos podem ter colocado o primeiro homem na Lua, mas cientistas e exploradores espaciais russos estão agora de olho em um novo objetivo: a criação de uma colônia lá.
Pesquisadores já suspeitavam que o passado vulcânico da Lua deixou uma rede subterrânea de túneis de lava, e imagens de 2008 da sonda japonesa Kaguya mostraram um caminho possível - um misterioso e profundo buraco surgindo na superfície.
Se realmente for confirmado que a Lua tem uma série de cavernas que podem fornecer alguma proteção contra a radiação e chuvas de meteoros, ela poderia ser um destino ainda mais interessante do que se pensava.
Afinal, não haveria qualquer necessidade de escavar o solo lunar e construir paredes e tetos.
Seria o suficiente usar um módulo inflável com uma casca dura exterior, falando a grosso modo, para vedar as cavernas.
A primeira dessas colônias lunar poderia ser construída em 2030, estimou Boris Kryuchkov, chefe-adjunto de ciências no centro de treinamento.
Como as agências espaciais do mundo debatem para onde voar além da órbita inferior da Terra, incluindo missões no espaço para asteroides e Marte, o chefe de programas de voos espaciais tripulados da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) disse que a Lua também parecia atraente.
No ESA, ainda há um foco muito forte na Lua.

Chuva de Cometas!!!

O telescópio espacial Spitzer detectou uma chuva de cometas em um sistema similar ao que teria sido o Sistema Solar há milhões de anos, no período conhecido como o "intenso bombardeio tardio", que possivelmente deu à Terra água e outros ingredientes vitais para a vida.

A Nasa informou em comunicado que esta descoberta poderia ajudar a entender melhor como foi a chuva de cometas e objetos gelados que caíram do Sistema Solar exterior batendo nos planetas interiores, deixando grandes quantidades de pó e outros elementos que causaram, por exemplo, as crateras da Lua.
O que o telescópio Spitzer detectou consiste em uma nuvem de poeira ao redor de uma estrela brilhante próxima chamada Eta Corvi, que coincide com o conteúdo de um cometa gigante destruído.
Esta poeira se encontra perto suficiente da estrela para se acreditar que houve uma colisão entre um planeta e um ou vários cometas.
Os pesquisadores indicam que o sistema Eta Corvi, que tem aproximadamente 1 bilhão de anos, tem a idade adequada para produzir uma tempestade como esta.
Os astrônomos usaram os detectores de infravermelho do Spitzer para analisar a luz que procede do pó ao redor do Eta Corvi, nos quais encontraram sinais químicos de gelo de água, matéria orgânica, e rocha, o que significa que provém de um cometa gigante.
As características da poeira também se assemelham ao meteorito Almahata Sitta, que deixou cair fragmentos na Terra em 2008, no Sudão.
Os especialistas indicam que as semelhanças entre o meteorito e o objeto destruído que rodeia o Eta Corvi implica um lugar comum de origem.
O Sistema Solar tem uma região similar de asteroides, conhecido como Cinto de Kuiper, onde flutuam os restos de matéria gelada e rochosa que ficaram após a formação dos planetas há 4,5 bilhões de anos.

Inaugurado Primeiro "Aeroporto Espacial" do Mundo!

O bilionário britânico Richard Branson inaugurou na segunda-feira (17) o primeiro aeroporto comercial para voos espaciais na órbita baixa da Terra. O Spaceport America está localizado ao sul do Estado do Novo México, nos EUA.

Na abertura do evento, Branson desceu de um balcão fazendo rapel e abriu uma garrafa de champanha na presença de pelo menos 150 passageiros que já garantiram seus assentos no primeiro voo da SpaceShip 2.
Com o aeroporto e a nave-mãe prontos, a companhia agora se dedica aos testes finais dos propulsores e aguarda autorização da Administração Federal da Aviação para operar.
Como ocorreram atrasos para erguer o terminal e o hangar de 10.233 metros quadrados, o que influenciará no cronograma do primeiro voo, recentemente um dos passageiros desistiu da viagem e pediu um reembolso.
Mais de 450 turistas já adquiriram uma passagem de ida e volta por US$ 200 mil (cerca de R$ 366,8 mil). O pacote inclui uma viagem com duração de duas horas e meia, mais cinco minutos de experiência na microgravidade, que faz com que as pessoas flutuem no espaço, e uma visão única da Terra.
A Nasa (agência espacial dos EUA), que depende de "caronas" para chegar ao espaço desde a aposentadoria da frota dos ônibus espaciais, comprometeu-se a fretar um voo espacial da companhia Virgin Galactic, que vai operar o SpaceShip 2, com a opção de repetir essa operação outras duas vezes. As três missões custariam US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 7,9 milhões).

Satélite Alemão Cairá Neste Fim de Semana!

O satélite aposentado Rosat (sigla de Roentgen Satellite) vai entrar na atmosfera terrestre e se partir em pedaços entre sábado (22) e segunda-feira (24). A informação vem do Centro Espacial Alemão, que não determinou a hora da queda.

O Rosat é de pequena dimensão --tem o tamanho de uma minivan-- e orbita a Terra a cada 90 minutos. Ele vai fazer a reentrada a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora.
Lançado em 1990 e desligado nove anos depois, desde então o Rosat fica girando ao redor do nosso planeta sem muito o que fazer. Mas as aparências podem enganar.
O satélite foi um dos primeiros a vasculhar o espaço e pesquisar os buracos negros e as estrelas de nêutrons.
As chances de um estilhaço acertar uma pessoa na Terra é pequeno. Pelo cálculo da agência alemã, apenas 1 em 14 trilhões de terráqueos teria essa infelicidade.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

EUA Boicotaram Programa Espacial Brasileiro!!!

Telegramas confidenciais do Itamaraty revelam que os EUA promoveram embargo e "abortaram" a venda, por outros países, de tecnologia considerada essencial para o programa espacial brasileiro na década de 1990.
O projeto Folha Transparência divulga em seu site a partir de hoje 101 telegramas confidenciais inéditos da diplomacia brasileira, que tratam dos programas brasileiros espacial e nuclear.
A pressão norte-americana sobre o projeto espacial já foi ressaltada por especialistas brasileiros ao longo dos anos, e um telegrama do Wikileaks divulgado em 2010 indica que ela ainda ocorria em 2009.
O Itamaraty incluiu o bloqueio dos EUA como um dos motivos para o atraso na entrega do VLS (Veículo Lançador de Satélites), que deveria estar pronto em 1989. O primeiro teste de voo foi em 1997.
Além do VLS, o programa espacial previa a construção de quatro satélites, dois para coleta de dados e dois para sensoriamento remoto.
O atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), informou ao Itamaraty que os EUA negaram o pedido para importar transmissores para uso em foguetes brasileiros.
José Israel Vargas, ministro da Ciência e Tecnologia entre 1992 e 1998, confirmou as gestões dos EUA para prejudicar o programa espacial brasileiro.
"Houve sim pressão americana para qualquer desenvolvimento de foguetes, contra nós e todo mundo [que o fizesse]." Segundo ele, países avançados na área, que ajudavam outros a criar seus programas espaciais, como a França fez com o Brasil, também eram pressionados.

O Internauta Theo Wolfgang fez o seguinte comentário:
QUEM BOICOTA OS BRASILEIROS SÃO OS PRÓPRIOS BRASILEIROS. Se fôssemos um país SÉRIO, não precisaríamos de outros países para desenvolver nossos projetos. NINGUÉM NOS PODERIA BOICOTAR. O que nos boicota é essa nossa MANEIRA DE SER. Enquanto não mudarmos, não mudaremos (!!!).

APOIADO!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Nebulosa do Caranguejo volta a Surpreender!

A Nebulosa do Caranguejo agitou a comunidade científica após a descoberta de que a energia que emana de seu interior é muito maior que a calculada até agora, questionando os modelos teóricos da Física, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science.

Uma equipe internacional de cientistas do departamento de Física da Universidade de Washington, na cidade americana de Saint Louis, detectou que a intensidade de raios gama emitida pelo pulsar (estrela de nêutrons) do coração da nebulosa é muito superior à que os modelos teóricos comuns podem explicar.
Os cientistas, que utilizaram os dados obtidos pelos potentes telescópios que formam o complexo de observação Veritas, situado no Arizona, detectaram que a estrela de nêutrons tem energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt (GeV).
Este número é muito superior aos 25 bilhões de elétrons-volt que até agora era o máximo de energia detectado pelo Veritas.
Os telescópios utilizam grandes espelhos e câmeras ultra-rápidas para detectar os brevíssimos brilhos de luz azulada (luz Cherenkov) produzidos pelas cascatas de partículas subatômicas geradas na interação dos raios gama de energia muito alta com a atmosfera.
"Estamos diante de algumas forças extremas e estas observações mostram que nossas teorias não encaixam e que sabemos menos sobre os pulsares do que pensávamos", indica Henric Krawczynski, astrofísico e um dos autores do estudo.
O pulsar da Nebulosa do Caranguejo é o vestígio da explosão de uma supernova registrada na Terra em 1054.

Camada de Ozônio em Vênus!!!

Uma sonda da ESA (Agência Espacial Europeia) descobriu a existência de uma camada de ozônio no planeta Vênus, o que permitirá avanços nas investigações sobre a ocorrência de vida fora da Terra.A descoberta da Venus Express aconteceu quando a sonda permitiu a observação de estrelas situadas perto do planeta e por meio de sua atmosfera, segundo comunicado da ESA.
O ozônio pôde ser detectado porque absorveu parte dos raios ultravioletas procedentes de algumas dessas estrelas observadas.
Um dos cientistas responsáveis pela missão declarou que o achado permite entender a química de Vênus e, além disso, pode servir na busca de vida em outros planetas.
O ozônio contém três átomos de oxigênio. O do planeta estudado se forma quando a luz do sol rompe as moléculas de dióxido de carbono da atmosfera e permite a liberação de átomos de oxigênio. O elemento já tinha sido encontrado antes na Terra e em Marte.
Em nosso planeta, sua importância é fundamental para a vida porque absorve grande parte dos raios ultravioletas do sol.
Os cientistas consideram que isso permitiu que a vida surgisse na Terra, onde o oxigênio começou a se formar há aproximadamente 2,4 bilhões de anos, ressaltou a ESA.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Telescópio ALMA Inicia Suas Atividades!

Um dos observatórios terrestres mais complexos iniciou oficialmente seus trabalhos de prospecção estelar. A Alma (sigla em inglês de Atacama Large Millimeter Array) captou a primeira imagem do espaço, que não poderia ser observada por telescópios ópticos ou infravermelhos.
A foto das galáxias Antena --um par de galáxias em colisão que se apresentam de forma muito distorcida-- feita pelo Alma revela algo que não pode ser visto no óptico: as nuvens de gás frio e denso a partir das quais se formam as novas estrelas.

Ela também mostra enormes concentrações de gás não apenas nos centros das duas galáxias mas também na região caótica onde elas colidem. Ali a quantidade total de gás corresponde a bilhões de vezes a massa do nosso Sol --uma espécie de reservatório rico em matéria para gerações futuras de estrelas.
Cientistas do mundo todo competiram entre si para estar entre os primeiros a explorar com a nova ferramenta astronômica alguns dos mais escuros, mais frios, mais longínquos e mais escondidos segredos do cosmos.
Ainda em construção, a Alma tem apenas um terço das 66 antenas de rádio previstas em seu projeto. O complexo encontra-se no planalto do Chajnantor, ao norte do Chile, a uma altitude de 5.000 metros.
O Alma observa o Universo nos comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, aproximadamente mil vezes maiores que os comprimentos de onda da radiação visível.
Utilizando estes comprimentos de onda maiores, os astrônomos podem estudar objetos no espaço extremamente frios --tais como as nuvens densas de gás e poeira cósmicas, a partir das quais se formam estrelas e planetas-- assim como objetos muito distantes, situados no Universo primitivo.

Prêmio Nobel Vai Para "Expansão do Universo"!

A Real Academia de Ciências da Suécia anunciou na manhã desta terça-feira os vencedores do prêmio Nobel de Física de 2001.Ganharam os americanos Saul Perlmutter e Brian Schmidt e o também americano Adam Riess, que possui a cidadania australiana, pela descoberta da expansão acelerada do Universo por meio de observações de supernovas distantes.

A descoberta da expansão acelerada do Universo foi possível através da observação de um tipo muito especial de supernova: a supernova Ia.
Trata-se da explosão de uma estrela muito antiga e compacta, tão pesada quanto o Sol, mas de tamanho relativamente pequeno, como o da Terra. Uma única supernova pode emitir, durante algumas semanas, tanta luz quanto uma galáxia inteira.
Os dois times de pesquisa descobriram mais de 50 dessas supernova e detectaram que a luz delas era mais fraca do que o esperado, um sinal de que a expansão do Universo estava acelerando.
Embora os resultados contrariassem todas as previsões, ambos os grupos chegaram às mesmas conclusões sobre a aceleração.
Acredita-se que o fenômeno seja causado pela energia escura, que compõe cerca de 70% do Universo e sobre a qual ainda quase não se sabe nada.
O Nobel é entregue desde 1901 a personalidades de destaque nas áreas de ciências, literatura e paz, conforme estipulado no testamento do empresário Alfred Nobel, inventor da dinamite.

domingo, 2 de outubro de 2011

Quantos Asteróides Ameaçam a Terra?

A quantidade de asteroides de porte médio que se encontram relativamente perto da Terra é bem menor do que o estipulado anteriormente. São cerca de 19.500 objetos, divulgou nesta quinta-feira a Nasa (agência americana), com base em dados coletados pelo telescópio espacial Wise.Parece muito, mas é bem menos do que os 35 mil asteroides previstos inicialmente pelos cientistas.
Agora, eles querem saber quantos desses 19.500 representam perigo real para o planeta e quais são apenas objetos flutuando no espaço.

Para se ter uma ideia, a Nasa considera como asteroides de porte médio aqueles com tamanho variável entre cem metros e um quilômetro. O suficiente para destruir uma área metropolitana.
Para chegar a essa quantificação, a Nasa estudou rochas espaciais que se encontram em órbita a partir de 195 milhões de quilômetros do Sol até o entorno da Terra. O "censo espacial" é realizado pelo programa espacial Neowise, do JET (Laboratório de Propulsão a Jato).
A boa notícia é que o número de asteroides de grande porte também diminuiu nessa última revisão de dados, caindo de mil para 981 objetos --a maior parte, ou 911, já foi identificada.
Mas nenhum desses "gigantes espaciais" coloca em perigo a Terra por pelo menos os próximos séculos, afirma a Nasa.
"O risco de um asteroide realmente grande impactar a Terra [como o que levou à extinção dos dinossauros] antes de podermos localizá-lo e darmos o alerta foi substancialmente reduzido", comentou Tim Spahr, um dos diretores do Centro Harvard Smithsonian para a Astrofísica, em Cambridge, em Massachussets, nos EUA.
Pelas contas atuais da Nasa, já foram achados 5.200 asteroides com um quilômetro ou acima disso, e outros 15 mil ainda têm de ser localizados. Entre os "nanicos", que ainda assim podem causar estragos se um deles cair na Terra, a agência diz que são mais de um milhão perto do planeta.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Descoberto um "embrião" de Supernova!

Uma equipe europeia acabou de identificar uma estrela que está prestes a explodir violentamente.
O objeto foi identificado pelo satélite Iras, em 1983, mas a comunidade astronômica não havia dado muita bola para ele até hoje.
"Eu estava fazendo um censo de estrelas em sua fase final de vida, e ela apareceu como um imenso farol na imagem", conta Eric Lagadec, astrônomo do ESO (Observatório Europeu do Sul) e líder da equipe que fez a descoberta, recém-publicada no periódico "Astronomy & Astrophysics".

É o que os astrônomos chamam de uma hipergigante amarela.
Até hoje, só outros três objetos similares haviam sido observados, e nenhum deles era tão brilhante e tão próximo quanto este.
A razão para tão poucos exemplares é que a fase hipergigante amarela desses astros é muito efêmera.
O astro fica tão grande que, se colocássemos o núcleo no lugar do Sol, sua superfície ficaria mais ou menos onde fica a órbita de Júpiter (e a Terra estaria dentro dele).
Localizada a 13 mil anos-luz da Terra, ela provavelmente não trará perigo para nosso planeta quando virar supernova --fenômeno que leva à explosão das camadas exteriores do astro.
Contudo, a promessa é, no mínimo, de um belo espetáculo. Especula-se que, ao explodir, ela possa se tornar visível no céu até de dia.
E os fogos de artifício são para quando? "É difícil dizer. Pode acontecer a qualquer momento, de hoje até as próximas centenas de milhares de anos", diz Lagadec.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tempestade Solar QUASE Atinge a Terra!!

Uma tempestade de partículas carregadas vindas do Sol - o chamado vento solar - foi gerada depois que a gigantesca mancha solar 1302 expeliu uma rajada de material solar, na manhã de sábado, 24, segundo nota da Nasa.
A mancha 1302 era grande a ponto de poder ser vista sem telescópio a partir da Terra, embora isso fosse desaconselhável devido aos riscos para o olho humano. Ela tem cerca de 160 mil quilômetros de diâmetro, espaço suficiente para caberem dez Terras lado a lado.

A tempestade solar gerada pela ejeção de massa atingiu o nível G3, numa escala que vai de G1 a G5, segundo a NOAA.
A "labareda" propriamente dita foi da categoria X1.9, chegando perto do topo da escala, mas os cientistas dizem que isso já era esperado na atual fase do ciclo solar, que tem duração de 11 anos. O pico da atividade solar, segundo os cientistas, vai ocorrer em meados de 2013.
As tempestades solares podem interferir em satélites, redes elétricas e sistemas de navegação como o GPS, mas ao que tudo indica a atual tempestade não causou grandes transtornos. Pessoas em latitudes muito baixas podem ter visto auroras boreais mais fortes.
Isso provavelmente ocorreu porque a mancha solar 1302 ficava perto da borda do disco solar que vemos da Terra. Por isso, segundo a NOAA, a tempestade atingiu apenas "de raspão" o campo magnético que cerca o nosso planeta.
Se tivesse atingido a Terra em cheio, disse a agência, "a tempestade geomagnética poderia ter atingido níveis 'severos' a 'extremos'."
A movimentação do Sol e da Terra nos últimos três dias já colocariam a mancha em posição frontal, mas sua atividade já parece ter diminuído, segundo os cientistas.

Satélite Caiu em Segurança!

Após as incertezas iniciais sobre o ponto exato do reingresso do satélite Uars à Terra neste último sábado, a Nasa informou que "O satélite entrou na atmosfera sobre o Pacífico a 14,1 graus de latitude sul e 170,2 graus de longitude leste. Essa localização se situa em uma área remota e grande do oceano",  distante de terra firme.
A Nasa também divulgou a hora exata em que o satélite atingiu a Terra: 4h01 GMT (1h01 de Brasília)do dia 24/09/2011.
O Uars (Satélite de Pesquisas da Atmosfera Superior, na sigla em inglês) pesava 6,5 toneladas e foi colocado em órbita pelo ônibus espacial Discovery em 1991.
Foi projetado para medir as mudanças atmosféricas e os efeitos da poluição e desde que completou sua missão, em 2005, o Uars passou a perder altitude, por causa da gravidade terrestre até cair neste sábado se despedaçando em 26 partes após a reentrada.

Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez por semana. Um grande satélite como o Uars (que tem 10 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro) volta à Terra uma vez por ano.
É muito difícil calcular com precisão quando chegará à Terra um satélite fora de controle. Qualquer pequena mudança na hora de sua volta na atmosfera é traduzida em milhares de quilômetros de diferença sobre o lugar onde cairá.
Apesar dos milhares de fragmentos de lixo espacial que se concentram na órbita da Terra, nestes quase 54 anos desde o lançamento do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial em órbita), não há registros confirmados de mortes provocadas por eles.
Na verdade, acredita-se que apenas uma pessoa tenha sido atingida por lixo espacial. Em 1997, a americana Lottie Williams foi atingida no ombro por um pequeno pedaço do que, segundo a própria Nasa, provavelmente era um pedaço de um foguete Delta. Ela não se machucou.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Asteróide Não Extinguiu Dinossauros?!

Observações do telescópio espacial Wise indicam que um asteroide da família Baptistina não é responsável pelo fim dos dinossauros.Com a prova oficial da Nasa (agência espacial americana), um dos grandes mistérios sobre a extinção dos animais pré-históricos permanece aberto.
Há evidências de que um grande asteroide atingiu a Terra há aproximadamente 65 milhões de anos, como uma enorme cratera no golfo do México.
Segundo um outro estudo de 2007, um objeto teria se chocado com um asteroide de proporções gigantescas, conhecido como Baptistina, no cinturão de asteroides localizado entre Marte e Júpiter. Essa batida formou uma série de fragmentos, alguns com o tamanho de montanhas, que vagaram livremente no espaço.

Em 2010, astrônomos do Rio também inocentaram o asteroide. "Não tem nenhuma chance de ter sido ele", disse na época Jorge Carvano, astrônomo do ON (Observatório Nacional).
A colisão teria acontecido, em uma primeira hipótese, há 160 milhões de anos, mas na verdade ocorreu 80 milhões de anos atrás, segundo a Nasa. Ou seja, não daria tempo dele se deslocar até a Terra na data que se acredita que os dinos morreram.
A foto que ilustra esta página mostra como seria o asteroide perdido em imagem divulgada nesta terça-feira.

Pôr-do -Sol Visto do Espaço!

Uma imagem divulgada nesta terça-feira no site da Nasa (agência espacial americana) mostra um pôr do sol como ele é visto no espaço --uma visão exclusivíssima que têm os astronautas em missão.
A foto, tirada no último dia 16, é de autoria de um dos membros da tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês).
A tênue linha azul é o limite da atmosfera terrestre e o sol aparece em tons rosa no horizonte.

Uma Nebulosa Batizada de Galinha Fugitiva?!

O ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, fotografou uma nebulosa da constelação Centauro cuja parte brilhante lembra a forma de um pássaro e, por isso, também é chamada com o prosaico nome de Galinha Fugitiva --pela foto, um tanto difícil de ver; ela é melhor visualizada pelos telescópios espaciais, que são mais potentes.

Com o nome oficial de IC 2944 ou Lambda Centauri, ela está a cerca de 6500 anos-luz de distância da Terra e pôde ser observada pelo telescópio MPG/ESO.
O tom vermelhado da imagem, divulgada nesta quarta-feira, tem uma explicação. As estrelas quentes recém-nascidas, que se formaram a partir de nuvens de hidrogênio gasoso, brilham intensamente. Esta radiação excita, por sua vez, a nuvem de hidrogênio à sua volta, fazendo com que nuvem brilhe em tons rubros.
Essa cor é típica de regiões de formação estelar, sendo outro exemplo famoso a Nebulosa da Lagoa.
Para além do gás brilhante, outro sinal de formação estelar na IC 2944 consiste em uma série de glóbulos negros opacos, que aparecem sob o fundo vermelho, em algumas partes da imagem.
São exemplos de um tipo de objetos chamados glóbulos de Bok, que são escuros por absorver a radiação espacial e onde muitas estrelas se formam no interior deles.
A coleção mais proeminente de glóbulos de Bok nesta nebulosa é conhecida por Glóbulos de Thackeray, batizado assim em homenagem ao astrônomo sul-americano que os descobriu nos anos 1950.

Foto das 5 Luas de Saturno ao Mesmo Tempo!

A Nasa (agência espacial americana) divulga nesta quarta-feira em seu site uma foto que enquadra de uma só vez cinco das várias luas de Saturno.

A primeira da esquerda é Janus, seguida de Pandora. Enceladus, a mais brilhante, aparece bem no centro. A segunda maior lua do planeta, Rhea, está segmentada na imagem. Uma menor, Mimas, se encontra ao lado dela.
A imagem foi feita pela sonda Cassini em 29 de julho, que orbita Saturno, a uma distância aproximada de 1,1 milhão de km de Rhea e a 1,8 milhão de km de Enceladus.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Um Planeta Com Dois Sóis!

Essa é a descoberta mais nova do telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial americana). Em um estudo publicado nesta quinta-feira, cientistas mostram como é o novo astro, com tamanho similar a Saturno.O novo corpo celeste fica no sistema estelar Kepler-16, na região da constelação da Lira. Suas duas estrelas mães têm tamanhos diferentes; uma possui massa equivalente a 70% o tamanho do Sol e a outra, menos brilhante e de espectro mais avermelhado, de 20%.
Batizado de Kepler-16b, o planeta faz a luminosidade do sistema sofrer uma queda de 1,7% durante o eclipse da estrela maior e de 0,1% durante o eclipse da estrela menor.
O Kepler, que monitora mais de 150 mil estrelas na região, é o único telescópio com sensibilidade suficiente para detectar variações tão pequenas e capaz de acompanhá-las sem interrupções.
O novo planeta foi observado em todo o seu "ano" e cientistas conseguiram determinar que o raio médio de sua órbita é de aproximadamente 100 milhões de quilômetros, que dura 229 dias. Ou seja, dois terços da distância entre o Sol e a Terra.
As estrelas A e B também exercem força gravitacional entre si e mudam de posição o tempo todo em relação ao centro do sistema. Isso fez com que os períodos de órbita detectados pelos cientistas em um primeiro momento variassem entre 221 dias e 230 dias, um dado difícil de interpretar.
DANÇA A TRÊS
A relação gravitacional entre três objetos celestes --desafio conhecido pelos físicos como o "problema dos três corpos"-- ainda é um problema para o qual não existe solução geral.
Quando se estudam apenas dois objetos interagindo no espaço, a exata posição de cada um deles pode ser prevista no futuro simplesmente por meio da medição de sua trajetória e aplicação de uma fórmula. A inclusão de um terceiro corpo na equação, porém, torna tudo imprevisível.
Usando um computador e um modelo matemático complexo para prever o comportamento do sistema de maneira aproximada, os pesquisadores conseguiram reproduzir a dança celeste em Kepler-16 com grande precisão.
Os astrônomos, por fim, conseguiram determinar a massa do planeta como sendo similar à de Saturno. Kepler-16b, porém, é um pouco mais denso, sendo composto provavelmente metade de gás e metade de elementos em forma sólida. (Saturno tem 2/3 de sua massa na forma de gás).
Kepler-16b teria uma atmosfera espessa, escura, e temperaturas gélidas que chegam a -100 ºC.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

NASA Dá Dicas de Astrofotografia!

Você já se perguntou como os astronautas conseguem tirar fotos tão espetaculares do espaço? Se você também sempre quis aprender técnicas e dicas que possibilitam as imagens divulgadas pela ESA e pela Nasa, a Hasselblad – marca oficial das câmeras levadas ao espaço por todas as tripulações da Nasa desde a missão Apollo 11 – disponibiliza um manual em pdf para a fotografia no espaço. Em 40 páginas, ele fala sobre o uso das lentes, do foco, como utilizar de maneira inteligente a luz disponível, entre outras informações que também podem ser úteis aqui na Terra.

Novos Planetas Habitáveis?

Astrônomos europeus anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de 50 novos planetas fora do Sistema Solar. Entre eles, um que poderia ter água líquida, condição fundamental para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.Batizado de HD 85512b, o novo astro é uma das 16 super-Terras --nome dos planetas com massa entre uma e dez vezes a da nossa Terra-- localizadas pelo ESO (Observatório Europeu do Sul).
Situado a 35 anos-luz da Terra, o exoplaneta (nome dado aos astros do tipo fora do Sistema Solar) fica na chamada zona habitável.
"A zona habitável é a distância do planeta à estrela que ele orbita onde há condições de existir água em estado líquido. Isso varia conforme o tamanho e o brilho de cada astro", explica Gustavo Rojas, físico da Universidade Federal de São Carlos e responsável pela divulgação das ações do ESO no Brasil.
No caso do novo planeta, a estrela é menor e menos brilhante do que o Sol. Por isso, para haver condições que permitam ter vida, ele precisa ter a órbita mais próxima dela. O HD 85512b, no entanto, está quase no limite dessa proximidade. "Ele fica bem perto, no extremo da zona habitável", afirmou Rojas.
Para que o planeta não seja quente demais para a vida, é preciso uma condição especial. Ele tem de ser nublado, com pelo menos 50% do céu coberto de nuvens.
Pois as nuvens ajudam a refletir a luz solar, e isso auxilia no resfriamento da temperatura.
Mas, para saber como é a composição e a possível atmosfera do planeta recém-descoberto, ainda é preciso esperar. A geração atual de telescópios ainda não consegue captar essas informações.
Mas o fato de o planeta estar na zona habitável não significa necessariamente que poderia ter vida.
Os novos exoplanetas foram descobertos pelo espectrógrafo Harps, o descobridor de planetas mais bem-sucedido do mundo.
Ele fica montado em um telescópio de 3,6 metros no Observatório de La Silla, do ESO, no Chile, e já localizou mais de 150 outros planetas.
Como esses astros ficam muito longe da Terra, para serem detectados, os astrônomos usam um método que capta a presença do planeta medindo a ação gravitacional dele sobre sua estrela.
O anúncio dos 50 novos planetas, feito em um congresso científico sobre sistemas solares extremos nos EUA, animou os pesquisadores. Esse é o maior número de planetas desse tipo anunciado de uma só vez.
E, segundo os astrônomos, os números não devem parar de crescer. Se há pouco mais de 20 anos não se tinha certeza de que havia planetas fora do Sistema Solar, agora já há mais de 600 confirmados. E 1.235 fortes candidatos ainda por confirmar!

Novo Modelo Para Origem da Via-Láctea!

Colisões envolvendo uma galáxia anã tiveram papel fundamental no formato em disco espiralado da Via Láctea.
O estudo, publicado na edição desta semana da revista "Nature", contradiz a hipótese mais em voga, que diz que a Via Láctea não teria sofrido influências externas ao ser "moldada".
O impacto cósmico formou um fluxo de estrelas e elas foram "puxadas" pela Via Láctea. As sobras remanescentes transpassaram o disco e se perderam.
O pesquisador Chris Purcell e seus colegas da Universidade da Califórnia (EUA) chegaram a essa conclusão com simulações feitas em computador, tendo como objeto de estudo a galáxia anã de Sagitário.
No modelo, dois arcos foram produzidos. Um deles se assemelhou ao anel conhecido como Monoceros, um conjunto de estrelas que envolve a Via Láctea.
Isso provou, defende o grupo, que a Via Láctea pode agregar à sua formação fenômenos externos e não se gerou sozinha.

Nova Teoria de Formação Estelar!

Cientistas com base de pesquisa na França apresentaram uma nova hipótese para a formação das estrelas. A informação, divulgada nesta terça-feira, é da ESA (Agência Espacial Europeia).
Fundamentados em dados coletados pelo telescópio Herschel, eles afirmam que o nascimento de estrelas depende da quantidade de gases existentes nas galáxias, e das colisões entre elas.

Segundo o grupo da CEA (sigla em francês de uma instituição de pesquisa tecnológica com fundo governamental), liderado por David Elbaz, a equação é simples: quanto mais gases a galáxia contém, mais estrelas nascem.
A teoria mais corrente entre astrônomos é que as estrelas são originadas a partir da colisão entre galáxias diferentes. O "pico" dessa atividade teria ocorrido cerca de 10 bilhões de anos atrás, com galáxias formando estrelas em uma velocidade muito superior à atual.
Os pesquisadores da CEA, contudo, defendem que essas colisões galáticas tiveram um papel menor no passado quando se se refere à formação das estrelas.

Como é o Sol o espaço!

Uma foto divulgada nesta terça-feira pela Nasa (agência espacial americana) mostra como o Sol é visto na escuridão do Cosmos.
A imagem foi tirada em maio deste ano, durante uma das quatro saídas dos astronautas para fora da ISS (sigla em inglês de Estação Espacial Internacional).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Foto Sensacional!

Gente, essa foto participou daquele concurso de astrofotografias que falei anteriormente. Ela não foi a vencedora mas, pra mim é a melhor!
Trata-se do trânsito da ISS e da Endeavour pelo Sol!
Uma foto destas pode ser tirada com equipamentos relativamente simples. Exige apenas paciência e um bom acompanhamento das passagens dos satélites!
Além disso é necessário muito cuidado, afinal, observações solares podem CEGAR se não forem tomadas as precauções ou utilizados acessórios realmente bons!
Seguem os dados da foto:

Autor - Dani Caxete
Local - Guadalajara (Espanha)
Data - 21/05/2011
Câmera - Nikon D7000 1/1000 sec 250 ISO
Telescopio - Celestron C5
Filtro - Baader
Processada com - CS5

sábado, 10 de setembro de 2011

Que Tal Ser Um Colaborador da Ciência?

Que tal você se tornar um cientista enquanto navega na web?
Conheça alguns aplicativos e programas que são instrutivos, divertidos e incentivam os chamados ‘cientistas-cidadãos’ que pensam na carreira de estudiosos honorários, mas nem por isso menos dedicados.

Em Busca do Bóson de Higgs
Amadores e curiosos podem instalar o software LHC@home e auxiliar na busca pela lendária Higgs. Juntos, os computadores domésticos voluntários criam uma simulação de colisões de partículas LHC segundo modelos teóricos do CERN. A melhor parte é que os resultados obtidos são avaliados e comparados com experiências reais dos cientistas. Vale tentar!

Em Busca De Novos Planetas
O game ‘Planet Hunters’ procura por ‘cientistas-cidadãos’, ou seja, interessados em jogar online e também descobrir exoplanetas. Quanto maior o número de pessoas jogando, mais informação vai sendo capturada pela sonda Kepler, da Nasa, que foi lançada em 2009 para detectar novos planetas que orbitem outras estrelas. Tudo o que surge entre os dados vai sendo classificado e enviado para a Universidade de Yale, que controla a caçada espacial. Os erros são corrigidos conforme as classificações se sobrepõem. Parece brincadeira? Os pesquisadores dizem que não e explicam que, caso seja encontrado um novo planeta na Via-Láctea, o crédito será do cientista-cidadão que o encontrou.


Explorando o Espaço
A Nasa está disponibilizando um aplicativo em 3D para quem quer sentir que está participando de uma missão espacial. Com ‘Eyes on the Solar System’, o internauta pode chegar perto de um asteróide e passear na aeronave Voyager 2, tudo online, além de conseguir ver o sistema solar se movimentando em tempo real. É possível também viajar através do tempo, escolhendo entre passado e futuro. O objetivo da Agência Espacial Americana é incentivar o público, tanto o conhecedor do assunto como o leigo, a descobrir mais sobre o espaço. Parece interessante.

Mapeando a Lua
Que tal dar um passeio virtual pela superfície da Lua e ainda descobrir um detalhe novo? Esse é o objetivo do Moon Zoo, uma comunidade online de pessoas interessadas em descobrir mais sobre a superfície do satélite natural da Terra.  A tarefa é simples: analisar imagens enviadas pela sonda LRO (Lunar Reconaissance Orbiter) e responder perguntas sobre o que você está vendo. Segundo o tutorial do programa, nós, seres humanos, somos melhores nesse tipo de análise detalhada do que um computador. Teste seu olhar!

Em Busca de Inteligência Extra-Terrestre
Ajude o SETI, um projeto científico mantido pela Universidade de Berkeley que une pessoas, e seus computadores, na busca por inteligência extraterrestre. É só baixar um programa, o SETI@home, que você já oferece ajuda. Ou melhor, seu PC dá uma força na procura por sinais de rádio emitidos do espaço – talvez por vida inteligente. Bem estruturado, o SETI consegue analisar os dados digitalmente e separar as ondas já conhecidas na Terra.

Descubra Mais Sobre o Universo
Quem gosta de ir além, pode experimentar o Galaxy Zoo e auxiliar astrônomos na exploração das centenas de galáxias fotografadas pelo Telescópio Espacial Hubble. A tarefa dos amantes do espaço é analisar galáxia por galáxia e classificá-las de acordo com seu formato. É difícil não se deixar fascinar pela beleza e a qualidade das fotografias, super detalhadas.

De Olho No Sol
Outro opção de ferramenta online para quem gosta de astronomia é o Solar Storm Watch, um projeto voltado para a ciência solar. Isso quer dizer que você pode auxiliar cientistas a localizarem diferentes explosões solares. A meta é conseguir rastrear esses eventos através do espaço até a Terra, para que sejam estudados e possam ajudar a criar novas estratégias de defesa contra radiação – um grande perigo enfrentado pelos astronautas nos programas espaciais. Vale pelo desafio e pela interatividade, já que você pode compartilhar as descobertas nas redes sociais com todos os seus amigos.

Nos Confins Gelados do Universo
Agora podemos achar objetos gelados no universo! Esse é o lema do Ice Hunters, um programa da Nasa que busca por corpos de gelo desconhecidos em nossa galáxia. Quem se dispuser a ser um caçador vai ajudar os cientistas a analisar imagens telescópicas da misteriosa zona conhecida como Kuiper Belt (ou Cinturão de Kuiper), que fica além de Netuno e próxima de Plutão. Nessa região espacial, estão localizados milhares de cometas e objetos que datam da formação do nosso Sistema Solar.

Previsão de Tempestades Solares!

A Nasa informou que 15% das explosões solares têm distintas "fases de labareda tardia" que não tinham sido observadas e que podem ajudar a prever o fenômeno que explode rumo à Terra desde o Sol.

O Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) da Nasa analisou 191 explosões solares desde maio de 2010 e descobriu que algumas das erupções têm uma fase tardia alguns minutos ou horas depois de começar, além de produzirem muito mais energia no espaço do que se acreditava até então.
Foram registrados casos nos quais, se fossem medidos apenas os efeitos da erupção principal, seria subestimada 70% da quantidade de golpes de energia recebida pela atmosfera terrestre.
Uma análise mais detalhada da quantidade de energia depositada na atmosfera terrestre poderá ajudar os cientistas a quantificar a energia que o sol produz quando entra em erupção.
"Durante décadas, medíamos as erupções através do pico dos raios X. Mas começamos a ver que os picos não correspondiam aos dados e pensamos que era uma anomalia ou que algum de nossos instrumentos estava falhando", afirmou Tom Woods, cientista espacial na Universidade do Colorado.
No entanto, à medida que confirmaram os dados com outros instrumentos, observaram que os patrões se repetiam ao longo dos meses.

Satélite Caça-Planetas Terá Software Brasileiro!

O Brasil participará da criação da próxima geração de satélites caçadores de planetas. O projeto, denominado Plato (cujo nome é a sigla de "trânsitos planetários e oscilações de estrelas") é uma versão aperfeiçoada dos dois atuais caçadores de planetas, o Corot (europeu) e o Kepler (americano).
Ele será capaz de detectar e caracterizar planetas de todos os tipos, inclusive telúricos [rochosos] na zona habitável. Isso é uma coisa que o Corot não faz, e o Kepler deve acabar fazendo, mas só daqui a uns três anos.
O envolvimento de cientistas nacionais com o projeto se deu graças às contribuições feitas para o satélite Corot, lançado em 2006.
Criado como um projeto francês, o Corot se abriu para parceiros para reduzir custos e melhorar seu desempenho. Sem recursos para investir na sonda, o Brasil participou com a estação de coleta de dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em Natal, para receber transmissões. Isso dobrou a eficiência do Corot.
Além disso, brasileiros ajudaram a elaborar um software para análise dos dados do satélite.
Assim, o Brasil passou a participar das decisões científicas da missão, como a escolha de alvos.
Um dos avanços é que agora o Brasil terá de produzir software de bordo para o satélite.
Um dos aspectos que destacam o Plato como um caçador de planetas é o fato de que ele não só será capaz de detectar outros mundos passando na frente de suas estrelas-mães como também coletará informações que permitirão determinar a idade desses sóis.
Como a idade da estrela corresponde mais ou menos ao tempo de existência do sistema planetário circundante, será possível saber quantos anos têm os mundos descobertos, com uma margem de erro de 400 milhões de anos (um décimo da idade do Sol).
Assim, será possível analisar um outro aspecto dos planetas extrassolares, comparando-os pela idade e estabelecendo padrões evolutivos para esses mundos.
Outra melhoria é o número de alvos que ele poderá sondar. A missão está sendo projetada para durar seis anos, mais dois em extensão, e rastreará 50% do céu. Serão cerca de 300 mil estrelas-alvo, número muito maior que o atingido por Corot e Kepler, cerca de 25 mil.
O Plato já está sendo desenvolvido, mas seu lançamento ainda pende por uma vitória: ele concorre com outros dois projetos por duas vagas no orçamento da ESA.
Além dele, há o Euclid (voltado para o estudo da energia e matéria escuras) e o Solar Orbiter (focado no estudo do Sol). O trio saiu de uma concorrência ainda maior, que envolveu 52 propostas.
A definição da ESA deve sair em outubro, e as chances de o Plato receber o sinal verde são boas.
Apesar disso, a decolagem não deve acontecer antes de 2017.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Concurso de Fotos Astronômicas!

O Observatório Real britânico, em Greenwich, abriu uma exposição com as imagens premiadas em seu concurso Fotógrafo de Astronomia de 2011.
O concurso teve quatro categorias principais: Terra e Espaço, Nosso Sistema Solar, Espaço Profundo e Jovem Fotógrafo de Astronomia. Além de prêmios especiais.
Neste ano, o astrônomo amador Damian Peach se tornou o primeiro britânico a vencer o concurso geral, com uma foto que mostra com detalhes o planeta Júpiter circundado por duas de suas 64 luas conhecidas, Io e Ganímedes.

A foto foi tirada utilizando um telescópio Schmidt-Cassegrain amador de 14 polegadas numa ilha do Caribe. Houve também muito processamento digital para se obter este resultado.
"Havia tantas imagens lindas este ano, mas para mim esta realmente se destaca. Parece uma foto do telescópio Hubble", disse o astrônomo do Observatório Real, Marek Kukula, um dos juízes do concurso.
"O detalhe nas nuvens e tempestades de Júpiter é incrível, e o fotógrafo também conseguiu capturar detalhes em duas das luas planetárias de Júpiter, o que é extraordinário para uma imagem feita a partir do chão. Uma foto incrível."
Mais de 700 trabalhos foram inscritos para a terceira edição do concurso. Os premiados nas categorias são da Turquia, Itália, Índia, Austrália e Estados Unidos.
"O nível da competição neste ano foi de primeira classe, como sempre", disse Patrick Moore, editor da revista The Sky at Night, que co-organiza o concurso.
A exposição no Observatório Real, em Greenwich, Londres, fica em cartaz até o dia 5 de fevereiro de 2012.
As fotos também podem ser vistas através da internet no site www.nmm.ac.uk/astrophoto.

De OLHO NA TERRA

Em memória dos lamentáveis acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Deixo aqui esta foto, tirada pelo astronauta  Frank Culberston que estava a bordo da ISS (International Space Station) no momento dos ataques e tirou esta interessante foto do episódio.

Essa Sim é Super-"Nova"!!!

Astrônomos da Califórnia descobriram a mais próxima e mais brilhante supernova de seu tipo em 25 anos, capturando o brilho de uma minúscula estrela autodestrutiva a 21 milhões de anos-luz da Terra.

Inicialmente detectada em 24 de agosto, a PTF 11kly literalmente se tornou mais brilhante a cada minuto e ficou 20 vezes mais luminosa em apenas um dia.
Ela deve atingir seu pico em algum momento entre os próximos dias 9 e 12, quando provavelmente se tornará visível a observadores, no hemisfério norte, com um bom par de binóculos ou um telescópio pequeno.
Os cientistas, porém, dividem-se sobre se ela será visível ou não da Terra por telescópios comuns. Alguns dizem que sim e outros afirmam que não.
A PTF 11kly apareceu na galáxia do Catavento, localizada na constelação Ursa Maior, a uma distância de cerca de 21 milhões de anos-luz.
A detecção tão cedo de uma supernova tão perto mobilizou astrônomos do mundo todo, que estão se empenhando para observá-la com qualquer telescópio à disposição, incluindo o gigante Telescópio Espacial Hubble.
A última vez que uma supernova dessa classe ocorreu foi em 1972.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Caçador de Meteoritos!

Ele percorre o planeta na busca de fragmentos de matéria cósmica que caem na superfície da Terra. É um "Caçador de Meteoritos", uma tarefa à qual se dedica de corpo e alma.
José Vicente Casado, que há mais de 15 anos "caça" meteoritos e tem uma coleção de aproximadamente 120 peças, a mais completa da Espanha, acrescenta que no mundo todo não deve haver mais do que 20 pessoas que tenham tal profissão.

Sua rotina habitual de trabalho consiste em se deslocar a zonas desérticas da África e da América do Sul, onde é mais fácil perceber a presença destas rochas "à simples vista", já que não existe vegetação para as esconder.
No entanto, também encontrou meteoritos na Espanha, como os que achou na província de Palencia em 2004, em uma região de monte, circunstância que dificultou sua busca.
O maior pesava meio quilo, mas o habitual é que sejam pequenos, explica, porque quando um meteorito entra em contato com a atmosfera explode e provoca uma espécie de chuva de pedras.
A este respeito, assinala que todos os dias caem entre 20 e 40 toneladas de pó cósmico na superfície da Terra, embora meteoritos propriamente ditos calcula-se que podem cair cerca de 20 por ano.
"Aparentemente são pedras mais do que normais e é preciso usar um pequeno microscópio para comprovar se são boas. Às vezes achamos que são e não o são e outras vezes ocorre o contrário", aponta.
Acerca do custo econômico desta atividade, José Vicente Casado ressalta que para ele e para seus companheiros nas expedições não lhes representa uma despesa muito alta porque eles viajam com restrição de gastos e se preciso dormem ao relento.
As peças recolhidas por José são usadas em exposições ou doadas para institutos científicos para seu estudo, o que, em suas palavras, pode acabar tendo inclusive "mais valor" do que se obteria ao vendê-las.
Uma destas exposições será patrocinada pelo Museu da Siderurgia e Mineração de Castela e Leão, na localidade leonesa de Sabero, onde se explicarão questões como a formação e evolução do sistema solar e o surgimento da vida.

Supertelescópio de 40 metros!!!

Ele será capaz de visualizar planetas do tamanho da Terra em estrelas próximas. Será o único capaz disso. O E-ELT (sigla inglesa de Telescópio Europeu Extremamente Grande) seria o primeiro do tipo a ter um espelho da ordem de 40 metros.

Atualmente, os maiores telescópios do mundo têm de 8 a 10 metros. Há vários projetos concorrentes, mas a iniciativa europeia tem tudo para ser a primeira a sair do papel.
O ESO é composto por 14 países-membros (o Brasil será o 15º, e o primeiro não europeu, quando o Congresso Nacional ratificar o acordo assinado pelo governo no fim do ano passado).
Cada país deverá investir 250 milhões de euros ao longo de dez anos de construção. Parte desse dinheiro irá para custos operacionais e outras despesas (só o telescópio custará 1 bilhão de euros).
A importância de captar diretamente a luz de um planeta pequeno é que se pode descobrir sua composição. Presença de oxigênio na atmosfera, por exemplo, seria um forte indicativo de vida.
Hoje, o máximo que se consegue saber sobre planetas como a Terra é a massa e o diâmetro.

Descoberto Novo Aglomerado!

O ESO (Observatório Europeu do Sul) divulgou nesta quarta-feira a foto do aglomerado estelar NGC 2100. Ele está localizado na galáxia Grande Nuvem de Magalhães e é relativamente "jovem", com cerca de 15 milhões de anos.

As estrelas que compõem o NGC 2100 são mais velhas e menos energéticas e, logo, têm pouca ou nenhuma nebulosidade associada a elas.
Por esse motivo, muitas vezes o NGC 2100 é ignorado pelos observadores espaciais, perdendo lugar para seus vizinhos, a nebulosa da Tarântula e o superaglomerado RMC 136.
A imagem feita por um dos telescópios do ESO, o New Technology Telescope, no Chile, mostra hidrogênio ionizado (em vermelho) e oxigênio (em azul).
Esses aglomerados são grupos de estrelas que se formaram quase ao mesmo tempo a partir de uma única nuvem de gás e poeira.
As estrelas de maior massa tendem a formar-se no centro, enquanto que as de menor massa dominam as regiões externas.

Telescópio Pernambucano "Vigia" Asteróides!

Um observatório astronômico construído no sertão nordestino para rastrear asteroides que ameaçam a Terra entrou em operação e já acompanha seus primeiros objetos, afirmam os coordenadores do projeto.
"Na semana passada, conseguimos, pela primeira vez, controlar o telescópio via internet, do Rio", disse Daniela Lazzaro, líder científica do esforço e astrônoma do Observatório Nacional.
Ela falou durante a 36ª Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira, em Águas de Lindoia (SP).
O projeto Impacton (sigla "esperta" para Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra no Observatório Nacional) foi proposto em 2002.
Mas só em março deste ano o telescópio, em Itacuruba (interior de Pernambuco), fez sua primeira observação.

Fotos de Vestigios Humanos Na Lua!

A Nasa apresentou nesta terça-feira  uma coleção de imagens feitas pelas câmeras da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), revelando alguns vestígios deixados pelas missões Apolo e também comprovando a presença do homem na Lua.
As imagens capturadas pela sonda são as mais nítidas feitas do espaço. Nas fotos é possível visualizar o rastro das missões Apolo 12, 14 e 17, tanto dos lugares nos quais elas pousaram, assim como as pegadas que os astrounautas deixaram ao explorar a superfície lunar.
As novas fotografias permitirão aos especialistas seguir os passos dos astronautas com mais clareza. O objetivo é encontrar o local onde foram recolhidas as amostras da Lua trazidas à Terra, além de desmentir as afirmações de que os humanos nunca viajaram à Lua.
Um dos detalhes revelados é um rastro em forma de "L", que marca a localização dos cabos que ligavam a nave matriz até o lugar onde os astronautas do Apolo 12 colocaram o experimento ALSEP para medir o meio ambiente lunar e seu interior.
Além de impactante, as imagens também terão grande utilidade científica, assegurou Green. Isso porque as fotos vão facilitar visualmente uma possível comparação entre as rochas na Terra com a das áreas ainda não exploradas, como as imagens da LRO.
Essa é uma grande chance para dar continuidade ao processo de cartografia da Lua, sendo possível obter mais precisão ao determinar novos lugares de aterrissagem em missões futuras.
A precisão dos instrumentos ajuda na montagem de um mapa da superfície lunar em três dimensões e alta resolução, além de fazer um exame ultravioleta do satélite.
A nave espacial voltará à sua órbita habitual nesta terça-feira e antecederá o lançamento da missão "Grail" (sigla de Gravity Recovery Interior Laboratory), prevista para ser lançada na quinta-feira. O objetivo da nova missão da Nasa é investigar o campo de gravidade da Lua.

domingo, 4 de setembro de 2011

Cratera Em Marte Era Um Lago!

A cratera de Eberswalde, captada pela sonda Mars Express, tem 65 quilômetros de diâmetro e se formou há mais de 3,7 milhões de anos pelo impacto de um asteróide, divulgou a ESA em um comunicado.
Embora uma parte da Eberswalde tenha sido coberta posteriormente pelo impacto de outro asteroide, criando uma segunda cratera, na área visível se conservam os restos do que durante algum tempo foi "um grande delta, sulcado por múltiplos braços fluviais".

O delta tinha 115 quilômetros quadrados de superfície e era alimentado por rios.
Quando secou, parte dessas formações ficou oculta sob uma camada de sedimentos sobrepostos pelo vento.
As estruturas analisadas --identificadas originalmente pela sonda Mars Global Surveyor da NASA-- são uma prova de que, por muito tempo, a água fluía pela superfície de Marte, informou a ESA.
Junto a Eberswalde há outra cratera, a Holden, de 140 quilômetros de diâmetro, que quando se formou projetou rochas que cobriram parte da primeira.
A duas pertencem aos quatros locais selecionados para a aterrissagem de uma missão da Nasa, a Mars Science Laboratory, que pousará no final deste ano.