Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que acreditava-se previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado neste domingo na revista "Nature Geoscience".
O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual do que se pensava, a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada 1 milhão de anos.
Até agora este era um importante problema para a geofísica, "porque as rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura".
Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.
As diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste comprovaram que giram em direção a leste e para dentro, por isso a estrutura mais profunda é a mais velha.
O calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluído nas camadas externas e originam os campos magnéticos, que protegem nosso planeta da radiação solar, e sem os quais não haveria vida na Terra.
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